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Negativa de cobertura é maior problema dos planos de saúde

Metade das reclamações recebidas pelo Procon não são resolvidas pelas operadoras de saúde no estado de São Paulo


	Cartões de planos de saúde: Qualicorp, Amil e Unimed concentram queixas
 (ABr)

Cartões de planos de saúde: Qualicorp, Amil e Unimed concentram queixas (ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 18h39.

São Paulo - Levantamento do Procon de São Paulo divulgado nesta terça-feira (16) mostra que a falta de cobertura e negativa de cobertura são os principais problemas enfrentados pelos usuários dos dez planos de saúde com mais reclamações nos primeiros seis meses do ano.

Esses conflitos correspondem a 61% das queixas recebidas pelo órgão de defesa do consumidor. A maioria (55%) dos casos não é solucionada, e já rende ações na Justiça.

A Qualicorp lidera o ranking de reclamações do Procon, e é seguida pela Amil e Unimed. Juntas, as três empresas representam 75% das reclamações contra planos de saúde em São Paulo.
 
Outros problemas verificados pela entidades são a rescisão, substituição ou alteração de contrato, falta de previsão contratual, problemas assistenciais e de carteirinha.
 
O índice de solução mais baixo foi registrado pela operadora Santamalia Saúde, que resolveu apenas 58% das reclamações. O índice de solução mais alto foi o da Green Line, que resolveu 93% das demandas registradas no Procon-SP.
 
O Procon-SP alerta que a operadora deve garantir o acesso do beneficiário aos serviços e procedimentos obrigatórios, previstos no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS). 
 
O consumidor que tiver dúvidas sobre o que seu plano de saúde deve cobrir, pode consultar o rol de procedientos obrigatórios no site da ANSE o ranking do Procon sobre os planos mais reclamados também fica aberto para consulta em uma página criada pelo órgão na internet.
 
Resposta
 
A Qualicorp esclarece, em nota, que é uma administradora de benefícios que tem 1,86 milhão de beneficiários em planos coletivos por adesão, e não pode exercer atividades das operadoras de planos de saúde, como cobertura de assistência à saúde, rescisão contratual, aplicação de reajustes e oferecimento de rede médica.
 
Portanto, a empresa não é responsável por quatro tipos de reclamações atribuídas à empresa pelo ranking do Procon/SP. As 415 reclamações registradas representam 0,022% de seus clientes por adesão, diz a nota. 
 
A Unimed responde, em nota, que o ranking de reclamações do Procon inclui operadoras de planos de saúde que atuam no município de São Paulo, e que os dados divulgados não representam a realidade do grupo empresarial, que inclui 352 cooperativas médicas em todo o país.
 
A Unimed do Brasil registrou 539 reclamações de beneficiários de planos de saúde no período de julho de 2013 a julho de 2014, o que representa um índice de 0,03 reclamações a cada 1 mil beneficiários.

A Unimed Paulistana declara que tem uma ouvidoria para resolver conflitos e cumprir os prazos estipulados pela ANS para solucionar os casos.

 
*Texto atualizado às 18h38
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