Pergunta do leitor: Tenho um imóvel financiado pelo Minha Casa Minha Vida, mas queria vendê-lo, tirando do meu nome. Quem comprar pode ficar responsável pelas parcelas?
Resposta de Marcelo Prata*:
Embora seja possível, essa prática não deve ser adotada. No passado recente eram comuns os tais “contratos de gaveta”, nome popular para a venda entre particulares sem a concordância (anuência) dos bancos, contudo, esse tipo de transação oferece riscos e não é a forma recomendada para você vender seu imóvel.
Nas décadas de 1980 e 1990, comprar um imóvel financiado era algo extremamente difícil e quem conseguia tal proeza enfrentava um problemão na hora da venda caso ainda estivesse com o financiamento em andamento.
Isso porque o novo comprador dificilmente conseguiria aprovar um financiamento, o que acabou criando um sistema de “financiamentos paralelos” onde os imóveis eram vendidos entre particulares, ficando o financiamento original ainda em nome do primeiro comprador.
O risco de tal negócio era de que os seguros, bem como todos os direitos e deveres em relação a esse contrato, estavam em nome de um comprador que não era mais o real e toda essa operação era formalizada em contratos particulares (de gaveta) e somente com a garantia de uma procuração que poderia ser revogada a qualquer momento.
Atualmente, com o crédito imobiliário mais acessível, não é necessário seguir essa prática. Quem for comprar seu imóvel irá aprovar um novo financiamento imobiliário e este servirá para quitar o que consta em seu nome, ou seja, um financiamento paga o outro.
No atual cenário econômico, o crédito imobiliário, embora um pouco mais restritivo, ainda está disponível para quaisquer pessoas que tenham renda e capacidade de pagamento.
Em outras palavras, se quem pretende comprar seu imóvel não for capaz de aprovar um financiamento num banco, sinal de que você também não deveria vender contando que ele irá pagar as prestações em seu nome.
*Marcelo Prata é especialista em crédito imobiliário e fundador dos sites Canal do Crédito e Resale.com.br
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1. Para cuidar do bolso
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1/9 (Getty Images/EXAME.com)
São Paulo – No período que se estende até os 30 anos, a vida tende a ser feita por muitas inaugurações. São os primeiros passos no mercado de trabalho, os primeiros salários e, consequentemente, as primeiras grandes decisões financeiras - capazes de impactar o restante dos seus dias.
O problema é que nesta fase da vida nem sempre se tem a experiência e o conhecimento necessários para a magnitude de tais escolhas. E, em alguns casos, os resultados podem ser desastrosos.
A pedido de EXAME.com, quatro professores especialistas em
finanças pessoais selecionaram alguns
livros que podem trazer lições preciosas aos
jovens. Confira:
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2. Desafio aos deuses
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2/9 (Divulgação)
“Na Grécia Antiga, não havia o conceito de risco porque tudo estava sujeito à vontade dos deuses”, diz Rodolfo Olivo, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA). “Quando o homem passa a se arriscar, ele se posiciona contra os deuses”. E os instrumentos de medição e controle de riscos foram os principais aliados deste processo.
Entender bem este conceito é requisito para dominar o funcionamento do mercado financeiro. “Um investimento é analisado por seu retorno e risco. O retorno é fácil de ser mensurado, o risco é mais complexo”, diz o especialista.
Desafio aos Deuses: A Fascinante História do Risco
Peter Bernstein
Editora Campus
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3. A Cabeça do Investidor
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3/9 (Divulgação)
Com base nos conceitos da psicologia econômica e das finanças comportamentais, Vera Rita de Mello Ferreira explica como funcionam os mecanismos emocionais que pautam a maneira como lidamos com o dinheiro – para o bem ou para o mal.
A Cabeça do Investidor
Vera Rita de Mello Ferreira
Editora Évora
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4. Pai rico, Pai pobre
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4/9 (Divulgação)
Sugerido por três dos quatro especialistas consultados, o primeiro best-seller de Robert Kiyosaki traz uma panorama das crenças e hábitos que pautam a maneira como a maioria das pessoas lida com o dinheiro.
A partir da própria história, o autor mostra quais os fatores que comandam as nossas decisões financeiras. “Muitas vezes, você está só se submetendo aos modelos da tribo que faz parte”, diz Silvio Paixão, professor da Fipecafi.
Pai rico Pai pobre
Robert Kiyosaki
Editora Campus
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5. Casais inteligentes enriquecem juntos
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5/9 (Divulgação)
Clássico entre as obras de educação financeira, este livro de Gustavo Cerbassi traz um panorama dos princípios essenciais para ter finanças saudáveis e, portanto, válidos para qualquer estado civil.
O pulo do gato da obra é mostrar como a vida a dois impacta este cenário. “Uma coisa é a estratégia como solteiro e outra, como casal”, afirma Marcelo Correa, coordenador do curso de Administração da Anhembi Morumbi.
“Ele contextualiza situações e permite que as pessoas façam uma autoanálise”, diz Paixão.
Casais inteligentes enriquecem juntos
Gustavo Cerbassi
Editora Gente
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6. Seu futuro financeiro
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6/9 (Divulgação)
De como aprender a poupar se você é um gastador até como usar o dinheiro do Fundo de Garantia de um jeito mais inteligente. A lista de conselhos da obra de Louis Frankenberg é extensa: “Ele traz um panorama de tudo o que é importante para o planejamento financeiro”, diz Olivo.
Seu futuro financeiro
Louis Frankenberg
Editora Campus
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7. Os segredos da mente milionária
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7/9 (Divulgação)
O que separa alguém bem sucedido em termos financeiros de alguém que só anda com a conta no vermelho? Buscar a resposta a isso é o principal objetivo de T. Harv Baker neste livro. O resultado é que ele lista a lógica que guia as pessoas aos milhões e os pensamentos sabotadores que impedem que as pessoas chegam lá. “Ele faz este contraponto”, afirma Correa.
Os segredos da mente milionária
T. Harv Eker
Editora Sextante
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8. Mundo Financeiro
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8/9 (Divulgação/Saraiva)
Para quem quer um livro um pouco mais técnico, este pode ser uma boa opção. Nele, o autor compartilha a experiência como gestor de fundos de investimentos ao mesmo tempo em que traça um panorama do comportamento dos mercados. "Tem muita coisa útil", diz Olivo. Mundo Financeiro – O olhar de um gestor
Alexandre Póvoas
Editora Saraiva
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9. Agora, que tal se preparar para a aposentadoria?
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9/9 (Sean Gallup/Getty Images)