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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A Nasdaq, segunda maior bolsa de valores dos Estados Unidos e mundialmente conhecida por negociar os papéis das maiores empresas de tecnologia do planeta, estuda a compra da Bolsa de Valores de Londres. Os executivos da Nasdaq iniciaram conversas com grandes bancos sobre como seria possível unir os dois pregões, o que mostra que a Nasdaq tem ambições que extrapolam o setor de tecnologia.
Um acordo entre as duas bolsas pode demorar bastante, porque enfrentaria problemas regulatórios tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa. Esta não é a primeira vez que as duas empresas conversam. Em 2002, as negociações afundaram diante do problema de como conciliar as operações conjuntas com as normas internacionais que regem o setor. Os acionistas de ambas também precisariam aprovar a idéia, o que se mostrou difícil à época.
De qualquer modo, a fusão entre a Nasdaq e a Bolsa de Londres seria um grande evento do setor, já que uniria dois dos maiores pregões do mundo. A fusão também criaria um poderoso concorrente da Bolsa de Nova York, a maior do planeta, na briga pela listagem das principais empresas, de acordo com o americano The Wall Street Journal.
Bethany Sherman, porta-voz da Nasdaq, afirmou que "como uma companhia pública, a Nasdaq está olhando todas as oportunidades de negócios". Ela acrescentou que os executivos da empresa acompanham de perto o que está acontecendo nos pregões da Europa. Já a Bolsa de Londres preferiu não se manifestar.
O pregão londrino tem sido cobiçado há muito tempo por outras bolsas de valores e grupos de investidores. Recentemente, o banco de investimentos australiano Macquarie Bank ofertou 1,5 bilhão de libras (cerca de 2,6 bilhões de dólares) pela Bolsa de Londres. Os acionistas londrinos, porém, recusaram a oferta com o argumento de que subestimava o valor de mercado da companhia. Especialistas avaliam que a Bolsa de Londres valha cerca de 3 bilhões de dólares.