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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
Em meio a uma maré negativa que envolve um desempenho operacional abaixo do esperado, a Embraer trouxe uma boa notícia ao mercado nesta segunda-feira (16/1). A empresa apresentou uma proposta de reestruturação acionária que, se aprovada pelo Conselho de Administração, levará a empresa ao Novo Mercado da Bovespa.
Entre as mudanças sugeridas pela diretoria, está a pulverização do controle acionário da Embraer, com um limite de 5% do número de votos para um único cotista. A soma de toda a participação de acionistas estrangeiros também será limitada a 40% de seu capital. Como mandam as regras do Novo Mercado, todas as ações preferenciais serão convertidas em ordinárias.
A reunião do conselho está marcada para esta quinta-feira (19/1), mas o mercado dá como certa a aprovação da reestruturação. "Havia uma certa expectativa desde o ano passado, pois o atual acordo de acionistas está para expirar", diz José Alberto Baltieri, analista de aviação da Fator Corretora.
Ele acredita que a mudança societária irá aumentar o número de investidores estrangeiros na companhia, além de elevar seu valor de mercado. "As regras de transparência e de governança corporativa do Novo Mercado estão mais alinhadas com as expectativas do investidor estrangeiro", diz Baltieri.
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A Embraer sofreu um forte revés na semana passada: uma nova fábrica, que iria ser construída na Flórida (EUA), teve seu contrato cancelado pelo Pentágono. Segundo o governo americano, ficaria caro demais instalar seus equipamentos de segurança na aeronave brasileira, por questões de incompatibilidade tecnológica - um problema que já havia sido levantado no ano passado.
Outra má notícia é que as entregas de aeronaves feitas pela Embraer, em 2005, ficaram abaixo das expectativas. Os dados, divulgados hoje, mostram que a empresa entregou 141 unidades, em vez de 145, como previsto inicialmente.