EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A Bolsa de Valores de Hong Kong deve bater outro recorde de ofertas iniciais de ações, ou IPOs, este ano, graças à crescente procura de empresas chinesas pelo dinheiro dos investidores privados. Estima-se que a bolsa asiática deva levantar 25,8 bilhões de dólares com a abertura de capital de 70 companhias, contra os 25 bilhões de dólares movimentados no ano passado. A importância das empresas chinesas no mercado de ações de Hong Kong vem crescendo ano a ano. Em novembro passado, elas eram responsáveis por quase 40% da capitalização total da bolsa, segundo o jornal britânico Financial Times.
Centros financeiros tradicionais como Londres e Nova York têm tentado atrair as emergentes empresas chinesas, mas até agora com pouco sucesso. A proximidade de Hong Kong, além de exigências regulatórias menos rígidas do que as impostas pelos órgãos americanos, são os fatores decisivos. A adequação aos critérios estabelecidos pela lei americana Sarbanes-Oxley, promulgada após os escândalos financeiros do início da década, é considerada cara e complexa demais pelas companhias chinesas.
Dois dos maiores bancos do país, o Banco da China e o Banco Comercial da China, lançam seu papéis na bolsa este ano e devem ser os responsáveis pelas maiores captações de fundos. O governo do país também deve vender parte de suas ações em empresas do setor elétrico, um dos que mais vêm se beneficiando do ritmo de crescimento acelerado do país.