Dívidas: entre 2020 e 2022, mais de 22 milhões contratos em atraso foram repactuados, que superam R$ 1,1 trilhão de saldo negociado (d3sign/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 30 de novembro de 2022 às 08h35.
Termina nesta quarta-feira, 30, o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira. Consumidores poderão negociar dívidas em atraso referentes ao cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras, que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia.
A iniciativa é uma medida em conjunto com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Banco Central do Brasil, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o país. As empresas participantes irão oferecer condições especiais, como parcelamento, descontos no valor da dívida ou taxas de juros reduzidas para refinanciamento, conforme sua política de crédito.
Para participar e conseguir renegociar a dívida, o consumidor deve acessar a página do mutirão criada especialmente para esta ação. Na página, ele encontrar um link para o Registrato, sistema do Banco Central por meio do qual é possível acessar, entre outros, o Relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que contém a lista de dívidas em seu nome perante as instituições financeiras.
As dívidas podem ser negociadas de duas maneiras: diretamente com o banco e instituição financeira ou por meio do portal ConsumidorGovBr. Pelo portal, o consumidor deve apresentar uma proposta de negociação à instituição credora. O banco tem o prazo de 10 dias para analisar a solicitação e apresentar uma proposta.
Entre 2020 e 2022, mais de 22 milhões contratos em atraso foram repactuados, que superam R$ 1,1 trilhão de saldo negociado. De acordo com os dados divulgados pela Febraban, no mais recente Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, que durou 25 dias – de 07 a 31 de março –, 1,7 milhão de contratos foram renegociados, trazendo alívio financeiro imediato para consumidores endividados.