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Moedas de R$ 1 da Rio-2016 são vendidas por até R$ 100

Pela coleção completa (17 moedas), pessoas chegam a pedir mais de 300 reais na internet. Já a moeda de ouro vale mais de dois mil reais


	Moedas da Rio-2016: unidade de ouro é vendida por mais de dois mil reais na web
 (Divulgação / Banco Central)

Moedas da Rio-2016: unidade de ouro é vendida por mais de dois mil reais na web (Divulgação / Banco Central)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 25 de agosto de 2016 às 10h27.

São Paulo - Sabe aquelas moedas que você recebe de troco e deixa esquecidas no carro, no bolso da calça ou no fundo da bolsa? Você vai olhar para elas com outros olhos quando souber que podem valer muito mais do que meros trocados.

É que estão em circulação milhões de moedas de 1 real comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016. Mas, como a quantidade é limitada e algumas delas foram lançadas há mais de um ano, encontrá-las pode ser uma tarefa difícil.

Não à toa, tem gente ganhando dinheiro com isso: exemplares das moedas são oferecidos por até 100 reais a unidade em sites de venda na internet. Pela coleção completa (17 moedas), as pessoas chegam a pedir mais de 300 reais.

Segundo o Banco Central, foram lançadas 16 moedas de 1 real de circulação comum comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 desde 2014. A tiragem autorizada para cada uma foi de 20 milhões de unidades e, do total de 320 milhões de moedas produzidas, já entraram em circulação 93,7%.

O lançamento de 16 moedas foi feito em 4 séries (4 em cada uma): em novembro de 2014 (atletismo, natação, golfe, paratriatlo), em abril de 2015 (basquete, vela, paracanoagem e rugby), em agosto de 2015 (futebol, vôlei, atletismo paralimpico e judô) e em março de 2016 (boxe, natação paralímpica, mascote olímpico e mascote paralímpico). A 17ª medalha da coleção havia sido lançada em 2012 pelo Banco Central, em homenagem à entrega da bandeira olímpica ao Brasil.

“A medalha da bandeira olímpica é a mais rara entre elas, já que também é a mais antiga e deve estar nas mãos de colecionadores, inclusive fora do Brasil”, diz Edivan de Oliveira Lima, diretor de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB) —entidade sobre o estudo e colecionismo de moedas, com sede em São Paulo.

“A numismática tem muito mais adeptos no exterior, principalmente Europa, China e Estados Unidos”, afirma Oliveira. Segundo ele, os álbuns para colecionadores de moedas ajudam a estimular as pessoas, já que eles trazem informações interessantes, como o número de unidades produzidas de cada moeda e os metais utilizados na cunhagem. “Isso desperta o interesse pelo colecionismo”, diz.

Há menos de dez anos, os álbuns para colecionadores de moedas só eram encontrados no exterior, mas atualmente há versões para moedas brasileiras que são facilmente encontradas em comércios especializados em numismática nas grandes capitais do país, além de sites de venda na internet.

Em alta

Além dos álbuns, outro fator que estimulou o interesse das pessoas por colecionismo de moedas no Brasil foi o lançamento de novas unidades comemorativas por causa da Rio-2016, de acordo com o diretor de divulgação da SNB. Isso porque, até 2012, somente cinco peças de circulação comum comemorativas haviam sido lançadas no país.

Dois lançamentos ocorreram em 1995, de moedas de 10 centavos de real e 0,25 centavos de real, dedicadas aos 50 anos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Três anos mais tarde, em 1998, foi lançada uma outra moeda comemorativa com valor de face de 1 real que homenageava os 50 anos da Declaração dos Direitos Humanos.

Em 2002, houve o lançamento de uma moeda comemorativa de 1 real pelo centenário do ex-presidente Juscelino Kubitschek e, três anos mais tarde, em 2005, uma nova moeda comemorativa de 1 real foi produzida para homenagear os 40 anos do Banco Central.

Ouro e Prata

Por causa da Rio-2016, junto com as moedas de circulação comum comemorativas, o Banco Central também lançou, desde 2012, 17 moedas de prata e 4 de ouro. A diferença dessas unidades para as outras, além do metal em que foram cunhadas, é que elas foram produzidas para serem vendidas exclusivamente pelo Banco do Brasil como item de colecionador.

De acordo com o BB, foram feitas 89.824 moedas de prata e ouro, das quais 88.754 unidades, ou 98,81% do total, já foram vendidas —outras 1.070 seguem no estoque do banco. Veja todas as opções de moedas de prata e ouro disponíveis, tanto para a celebração da Rio-2016 quanto de outros eventos.

A compra das peças é possível ser feita através do site (bb.com.br/moedas) ou em algumas agências do BB em Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Belém, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. No site, restam poucos modelos disponíveis.

No caso das moedas para a Rio-2016, o BB vai vendê-las até 31 de dezembro de 2016 ou até quando durar o estoque. “São itens de colecionador bastante procurados, certamente vamos zerar o estoque antes do fim de dezembro”, diz Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do banco.

O valor de venda das moedas de ouro e prata no BB é diferente do valor de face da moeda. As de ouro custam 1.180 reais cada uma e têm valor de face de 10 reais, já as de prata custam 195 reais e têm valor de face de 5 reais. Também é possível adquirir no BB, por 13 reais a unidade, as moedas de circulação comum comemorativas, com valor de face de 1 real.

Na internet, além das moedas de circulação comum, também é possível encontrar em sites de vendas pessoas oferecendo as peças da Rio-2016 cunhadas em prata e ouro. Todas, é claro, com valores bem mais caros do que os praticados pelo Banco do Brasil. Em alguns casos, os preços das moedas de ouro, por exemplo, chegam a passar de dois mil reais por unidade.

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