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Mercado refaz as contas

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 2,5 pontos percentuais a taxa referencial Selic surpreendeu o mercado e provocou profundas oscilações nos preços dos principais ativos financeiros. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com sua décima alta consecutiva (de 2,18%). O impacto inicial nos juros futuros também foi muito […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 2,5 pontos percentuais a taxa referencial Selic surpreendeu o mercado e provocou profundas oscilações nos preços dos principais ativos financeiros. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com sua décima alta consecutiva (de 2,18%). O impacto inicial nos juros futuros também foi muito intenso. Os contratos futuros de juros com vencimento em abril de 2004, os mais negociados, recuaram em poucos minutos de 20,75% ao ano para 20,10% ao ano.

"A queda foi muito superior ao que os mais otimistas esperavam", disse um operador. Apesar da forte queda, porém, os profissionais do mercado acreditam que não deverá haver um grande impacto nos fundos de investimento. "Não havia ninguém apostando numa alta, ou mesmo numa manutenção dos juros", diz um gestor de fundos de renda fixa. "O que surpreendeu foi a intensidade do movimento do BC, não sua direção."

Outros mercados também reagiram. O dólar chegou a subir um pouco e encerrou o dia a 2,99 reais, uma leve alta de 0,23% em relação à véspera. "O mercado balançou e algum dinheiro derramou-se para o dólar", diz um profissional de um grande banco de varejo nacional. No mercado externo, a reação foi muito boa: os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileiros subiram 0,8% e fecharam a 89,30 centavos de dólar. Já o risco-Brasil recuou 2,9% e fechou a 736 pontos-base.

Surpreendidos, os economistas já começaram a refazer as contas para o "gradualismo" que o Banco Central deverá adotar até o fim do ano em relação aos juros. Logo após a divulgação da notícia, já surgiu quem previsse uma taxa Selic de 18% ao ano no início de 2004. Antes da decisão do Copom, os mais otimistas concediam juros "inferiores a 20% em dezembro" quando perguntados sobre qual seria o cenário mais otimista.

Enquanto os economistas dos bancos refaziam suas contas, os responsáveis pelas áreas de produto já anunciavam reduções nas principais taxas de juros. O Banco ABN Amro Real, por exemplo, reduziu a taxa de juros do cheque especial em 0,20 ponto percentual, de 8,75% para 8,55% ao mês (ou de 273,6% para 267,6% ao ano).

No Santander Banespa, a taxa mensal máxima do cheque especial caiu de 9,35% para 8,70% ao mês (de 292% para 272% ao ano). No crédito pessoal, a taxa mensal recuou de de 6,34% para 6,10% ao mês (de 209% para 203% ao ano). O banco reduziu também as taxas dos créditos destinados à pessoa jurídica. Segundo José Paiva Ferreira, vice-presidente executivo de produtos do banco espanhol, os juros devem cair mais nos próximos meses. As novas taxas vão valer a partir do dia 1º de setembro. O banco Itaú informou que vai anunciar amanhã suas novas taxas, também válidas a partir do dia 1º de setembro.

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