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Os conselhos de Louise Barsi para quem quer investir na bolsa

Com mais de 13 anos de experiência no mercado, a filha caçula de Luiz Barsi ensina o metódo do bilionário para escolher ações

Louise Barsi: "invisto em empresas que combinam com os meus valores” | Foto: Divulgação   (Divulgação/Divulgação)

Louise Barsi: "invisto em empresas que combinam com os meus valores” | Foto: Divulgação   (Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 31 de julho de 2021 às 08h12.

Louise Barsi, 26 anos, aprendeu a investir na bolsa ainda na adolescência incentivada por seu pai, Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física da bolsa. No início da adolescência, Louise pediu ao bilionário uma mesada e teve o pedido negado. Em vez de dar dinheiro todos os meses para a filha, ele montou uma carteira de ações. O objetivo era que ela ganhasse o dinheiro oriundo dos dividendos.“Se a empresa lucrasse, eu teria dividendos. Se eu quisesse mais dinheiro teria que reinvestir. Ele me ensinou o poder dos juros compostos.” 

Com 13 anos de experiência como investidora, Louise Barsi segue à risca a cartilha ensinada pelo pai. Ela investe sempre pensando no longo prazo e focada no pagamento de dividendos. A busca também se dá por empresas sólidas e com bons projetos. “Além disso, invisto em empresas que combinam com os meus valores.”   

A jovem, que é formada em Economia e Contabilidade, investe todos os meses na bolsa. Além da periodicidade, ela sempre está atenta às oportunidades. “Eu olho para o papel. Mesmo quando a Bolsa está em alta há papéis baratos.” Barsi afirma que ela separa o dinheiro das despesas do mês e do lazer e todo o restante ela investe em ações. “Eu tenho minha reserva de emergência e um dinheiro separado na renda fixa como caixa para oportunidades.” 

Com o conhecimento que tem sobre a bolsa de valores e sobre o “jeito Barsi” de investir, Louise, juntamente com os sócios Fabio Baroni e Felipe Ruiz, abriu uma empresa no ano passado, a Ações Garantem Futuro.

Ela destaca que entre as mulheres que a procuram com interesse de se tornarem investidoras há dois perfis: as mais jovens, recém-formadas ou ainda em início de carreira, e as mulheres com 40 anos ou mais, que têm filhos e querem investir pensando no futuro da família. “Nunca é tarde para começar. A mulher pode e deve ocupar todos os espaços, inclusive no mercado financeiro. Não existe liberdade sem liberdade financeira.” 

Ela afirma ainda que o mercado financeiro é o mais democrático que existe. “Quem está comprando ou vendendo visa só lucro. Não quer saber se é homem, mulher, a idade, nada disso.” 

Conselheira 

Além de ensinar sobre como investir na bolsa, Louise Barsi é conselheira em três empresas. Na Eternit (ETER3), ela faz parte do conselho de administração; no Santander (SANB11) e na Klabin (KLBN4), tem um assento no conselho fiscal. Ela também já foi do conselho fiscal da Unipar e da AES Tietê. Louise chegou ao conselho da Unipar aos 22 anos.

“Meu pai me indicou e no começo eu duvidei que eu daria conta. Tive alguns olhares tortos porque eu estava por indicação do Barsi. Tive que provar minha capacidade.” Ela conta que a experiência como analista foi importante para usar no conselho. “Eu tinha conhecimento, só que em vez de indicar ações para comprar e vender, eu aconselho executivos.” 

Hoje, ela afirma que com os princípios ESG, as empresas estão mais receptivas à diversidade, tanto de gênero como de raça e idade nos conselhos. “O conselho representa os acionistas. Quanto mais plural, melhor: maior a riqueza do debate e soluções de problemas.”

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