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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O mercado de crédito no Brasil continua tímido, representando apenas 25,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Em termos percentuais, a relação empréstimos/PIB no país não chega à metade da registrada nos Estados Unidos e no Chile onde o indicador ultrapassa os 60% nem perto da do Japão onde vai a 100%.
Segundo nota do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (26/4), o total de financiamentos, inclusive a parcela de 3,84% tomada pelo setor público, chegou a 416,7 bilhões de reais em março. Esse volume mostra um aumento de 1,1% em relação a fevereiro e de 9,5% em doze meses.
O crescimento se deu especialmente em razão do aumento de 1,7% do crédito com recursos livres (dinheiro que o banco decide a que tipo de empréstimo e de cliente vai direcionar). Esse desempenho resultou especialmente do aumento de 2,6% nas operações com pessoas físicas, que totalizou um saldo de 94,1 milhões de reais. A expansão de 0,1% no crédito com recursos direcionados (dinheiro que deve ser encaminhado aos setores rural, habitacional e às linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) praticamente não contribuiu para a evolução do mercado.
Em março, quando a o BC baixou a Selic de 16,5% ao ano para 16,25% ao ano, os empréstimos ficaram 0,2 ponto percentual mais caros, quando se avalia os custos sem se fazer nenhuma distinção de linha de crédito. O custo médio dos empréstimos para pessoa jurídica foi o que contribuiu para esse resultado, pois aumentou 0,2 ponto percentual, especialmente em razão da elevação dos juros das operações referenciadas em câmbio, principalmente os Adiantamentos de Contrato de Crédito utilizados por exportadores. Já para as pessoas físicas, a taxa média ficou 0,2 ponto percentual mais barata, atingindo 64% ao ano.
Segundo o relatório do BC, a inadimplência das operações de crédito caiu 0,5 ponto percentual em média, chegando a 7,9% em março. O calote das empresas (-0,6pp) teve uma redução maior que o das pessoas físicas (-0,4pp).