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Menores de idade podem investir em ações?

Internauta pergunta se crianças e adolescentes podem se tornar clientes de corretoras


	Estudante analisa gráfico: Internauta pergunta se é possível abrir uma conta na corretora para crianças e adolescentes
 (dolgachov/Thinkstock)

Estudante analisa gráfico: Internauta pergunta se é possível abrir uma conta na corretora para crianças e adolescentes (dolgachov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 11h12.

Dúvida do internauta: Corretoras aceitam o cadastro de crianças e adolescentes? Menores de idade podem investir em ações?

Resposta de Fabiano Pessanha e Thiago Moreira Ribeiro da Costa*

É possível que um adulto responsável pela criança ou adolescente abra uma conta na instituição financeira em nome do menor de idade. Basta levar alguns documentos pessoais do filho, como certidão de nascimento e CPF.

Esse adulto também deve levar documentos pessoais próprios, pois será responsável por essas movimentações financeiras. Caberá a ele executar as ordens de compra e venda das ações, por exemplo.

Segundo dados da BM&FBovespa, quase duas mil crianças de até 15 anos de idade estão registradas na bolsa de valores. A grande maioria vive no estado de São Paulo.

Se for considerado o tamanho da população brasileira, o número está muito aquém da realidade de economias mais avançadas, nas quais os investimentos pessoais costumam ser mais diversificados.

Por mais volátil que seja essa aplicação financeira, a bolsa de valores apresenta resultados interessantes no longo prazo, levando em consideração que o tempo de resgate dos investimentos para menores de idade geralmente são superiores a dez anos.

Além disso, no cenário atual, é importante que os investidores apliquem uma fatia dos seus recursos em ações e outros investimentos, pois é necessário buscar alternativas melhores do que a poupança.  

Na década de 90, os pais costumavam aplicar dinheiro na caderneta para auxiliar os filhos no futuro, seja pagando uma faculdade ou comprando um imóvel. Nessa época, investir na poupança dava resultados exorbitantes se comparados aos dias de hoje.

Em abril de 1990, por exemplo, a aplicação registrou uma rentabilidade “surreal” de 85% no mês, acompanhando a inflação do período. Atualmente, o retorno da poupança fica próximo a 6% ao ano.

Atualmente, com a inflação elevada, próxima do teto da meta definida pelo Banco Central, o ganho real do investidor na caderneta – descontada a alta dos preços sobre a rentabilidade da aplicação - é praticamente nulo.

Isso faz com que a poupança passe a ser vista mais como uma reserva de emergência do que um investimento com retorno interessante.

Se estiver pensando em iniciar uma aplicação financeira para seus filhos e for um investidor iniciante, o mais recomendado é transferir essa responsabilidade para uma equipe de gestão e aplicar o dinheiro em fundos de investimento em ações.

Você certamente terá resultados mais interessantes nas mãos de um especialista, de acordo com o seu perfil de risco. Recomendamos buscar gestoras desse tipo de fundo que aceitem aplicações regulares a partir de 100 reais.

Comece a aplicar um valor que esteja de acordo com o seu orçamento familiar e mantenha a disciplina de investimento mensal. Sem dúvida, o resultado será gratificante.

E lembre-se: o sucesso financeiro também depende de você!

Veja no vídeo a seguir como aproveitar os preços baixos de ações sem arriscar muito


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*Fabiano Pessanha, CFP® é gerente comercial corporativo da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). Também é responsável pela criação de programas de benefícios e educação financeira em diversas empresas brasileiras.

*Thiago Moreira Ribeiro da Costa CFP® é especialista em gestão patrimonial com a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

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