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Mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram inadimplentes em 2021

Setores financeiro e de serviços básicos registram as maiores altas nas dívidas atrasadas

Redução do auxílio dado pelo governo e alto número de desempregados são fatores que contribuem para essa tendência (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Redução do auxílio dado pelo governo e alto número de desempregados são fatores que contribuem para essa tendência (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 27 de maio de 2021 às 17h25.

Última atualização em 27 de maio de 2021 às 17h46.

O total de brasileiros com contas em atraso chegou a 63 milhões em abril, uma alta de 0,7% com relação ao mês anterior, o terceiro aumento do índice no ano. Em 2021 já são 1,6 milhão de pessoas que deixaram de pagar suas dívidas e acabaram sendo negativadas.

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O total de devedores em abril é o maior desde agosto de 2020, com 39,5% da população adulta nesta situação. No comparativo com abril de 2020, mês que registrou o recorde da série histórica de inadimplentes, houve queda de 4,4%.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que a redução do auxílio dado pelo governo e o alto número de desempregados são alguns dos fatores que contribuem para essa tendência de alta, que deve continuar nos próximos meses. “Além desses pontos, os aumentos das taxas de juro e da inflação comprometeram a renda da população. As pessoas tiveram de priorizar os pagamentos, o que acabou deixando pendências pelo caminho”, comenta.

Os setores que apresentaram maior crescimento no acumulado de dívidas são o de serviços básicos (água, luz e gás) e financeiro, como bancos, cartões e financeiras. As financeiras, inclusive, foram as que mais cresceram entre março e abril 0,7 ponto percentual.

Goiás foi o estado onde foi registrada a maior queda (0,6 p.p.) da inadimplência entre março e abril deste ano, enquanto o Ceará apresentou o crescimento mais acentuado (1,3 p.p.). O Amazonas segue sendo o local com a maior porcentagem da população acima dos 18 anos com dívidas negativadas (52,2%).

Veja os dados completos da pesquisa

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