Agência bancária: As taxas cobradas são o principal motivo para a mudança de banco (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 10h46.
São Paulo – A maior parte dos brasileiros não é fiel a seu banco. A porcentagem de clientes que tem conta em dois bancos (45%) superou a de consumidores com relacionamento em apenas um banco (34%). As informações são de uma pesquisa realizada com 28.560 pessoas de 35 países pela Ernst & Young, líder global em serviços de auditoria.
De acordo com a pesquisa, 16% dos entrevistados brasileiros se relacionam com três bancos, e apenas 5% com mais do que três. Entre os consumidores que se relacionam com mais de um banco, 34% afirmam que o fazem para testar uma segunda instituição antes de transferir todos os serviços que utilizam. A maior parte dos entrevistados (53%) afirma que as taxas cobradas são o principal motivo para a mudança de banco.
Apesar de buscarem testar outras instituições, 69% dos entrevistados no Brasil afirmaram estar satisfeitos com seu banco e 13% disseram estar muito satisfeitos. Apenas 10% dos respondentes se declararam insatisfeitos. Além disso, 36% responderam que o nível de confiança no banco cresceu, 36% afirmaram que não aumentou nem diminuiu, e 28% declararam que confiam menos atualmente.
Da parcela de clientes que afirmou que a confiança nos bancos diminuiu, 65% apontam como principal motivo a insatisfação com a qualidade dos serviços e produtos oferecidos. E entre os que demonstraram um aumento na confiança, 66% dizem que a razão é a oferta de serviços mais personalizados e inovadores, adequados às suas necessidades.
Recompensas pela fidelidade
Dados globais da pesquisa mostram que 91% dos entrevistados esperam recompensas financeiras por serem fiéis aos bancos, e a porcentagem dos consumidores que planejam mudar de banco quase dobrou em 2011.
A pesquisa também abordou com os entrevistados os programas de fidelidade dos bancos. No Brasil, 35% dizem participar desse tipo de programa, um aumento de 9% em relação a 2011. A maioria deles (30%) espera que com a adesão aos programas, sejam obtidas reduções de preços em produtos e serviços bancários.