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Capitalização da Petrobras cria oportunidade de longo prazo

A mudança na data da operação, prometida para julho e postergada para setembro, deixa o mercado receoso em relação aos papéis da estatal

Presidente Lula sanciona projeto de capitalização da Petrobras (.)

Presidente Lula sanciona projeto de capitalização da Petrobras (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O projeto de lei que trata da capitalização da Petrobras foi sancionado nesta quarta (30) pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Com a aprovação, a empresa terá o direito de explorar sem licitação até cinco bilhões de barris em áreas do pré-sal. Em troca, o governo receberá títulos da dívida pública, utilizados mais tarde para aumentar a participação da União nas ações da empresa.

Segundo o projeto, os acionistas poderão ampliar o investimento na estatal com o uso de até 30% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A operação, no entanto, só será permitida aos que já tiverem empregado recursos do FGTS para a compra de ações no passado. Com exceção do veto à possibilidade de pequenas e médias empresas participarem de leilões de campos marginais, o texto foi aprovado exatamente como saiu do legislativo.

Apesar de representar mais um passo rumo à oferta dos papéis, a definição do valor total da capitalização da Petrobras aguarda a conclusão do laudo independente que irá apontar o preço dos barris. O relatório vai balizar a quantidade de ações que serão ofertados para turbinar o investimento no pré-sal, já que a possibilidade de crescimento acionário dos minoritários cresce na proporção daquela alcançada pelo governo através da cessão onerosa.

Assim, segue indefinido o volume da operação, prometida para julho e já postergada para setembro. Diante do imbróglio, o preço dos ativos continua em queda livre: a ação preferencial da empresa (PETR4) já perdeu mais de um quarto do seu valor desde o começo do semestre, um tombo de 26,7%. No vídeo a seguir, o consultor financeiro Mauro Calil fala sobre as perspectivas para o investidor que aplica na estatal.

Confira a entrevista.

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