Casais: o livro sugere formas de tentar corrigir a desorganização financeira dos parceiros (Thinkstock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2017 às 16h09.
A namorada chama para jantar, não se oferece para dividir a conta do restaurante que ela escolheu e ainda pede sobremesa?
O namorado gasta tudo o que ganha e não sabe onde, mas não tem mais espaço para guardar tênis importado e camiseta de marca no guarda roupa?
Ela ou ele pede ou dá um presente caro logo no início do namoro? Esses são sinais de que o casal precisa conhecer o livro “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi.
Sucesso absoluto de vendas, “Casais Inteligentes” é um dos marcos da onda de literatura de educação financeira que tomou conta das livrarias do país a partir dos anos 2000.
Lançado em 2004, ele trouxe para o Brasil a discussão sobre a gestão financeira no casamento, um tema delicado, que pode até desestabilizar a união.
Afinal, o casamento, como qualquer associação, precisa ser financeiramente viável para sobreviver. Já diziam os portugueses, “na casa onde falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”.
Mais recentemente, o livro de Cerbasi inspirou um filme, a comédia “Até que a sorte nos separe”, com Leandro Hassum, que ainda ganhou mais duas continuações, nas quais Tino, personagem principal, torra várias fortunas em companhia da mulher, Jane (Danielle Winits), apesar dos esforços do consultor financeiro Amauri (Kiko Mascarenhas).
O livro se propõe a analisar os principais motivos que levam os casais a perder o controle de suas contas.
E mostra que a melhor saída é conversar e definir como cuidar dos gastos e das receitas do casal, estabelecendo objetivos comuns de curto, médio e longo prazos e organizando investimentos para atingir esses objetivos.
Dessa forma, Cerbasi dá lições básicas de planejamento financeiro e orçamento, com sugestões e tabelas para o casal se organizar.
A abordagem começa no namoro, passa pela organização do casamento, a chegada dos filhos, os gastos com a faculdade e vai até a aposentadoria.
O livro sugere formas de tentar corrigir ou compensar a desorganização financeira dos parceiros. Mas não se trata apenas de ensinar a guardar dinheiro.
Cerbasi mostra também que não se deve cometer o erro contrário, de exagerar na acumulação de recursos, privando o casal dos prazeres que o dinheiro pode proporcionar, desde que com parcimônia.
Um crítico do consumismo, Cerbasi dá sugestões para escapar de suas armadilhas, como comprar presentes bem antes de datas como Dia dos Namorados.
A sugestão de deixar os filhos pequenos longe de lanchonetes, porém, ainda segue como maior desafio.
Em uma das seções mais curiosas, Cerbasi separa os cônjuges em horóscopos correspondentes a seu perfil – gastador, poupador, financista, desligado e descontrolado – e avalia o resultado das diversas combinações.
Uma das piores é a de descontrolados com desligados.
“O relacionamento será uma navegação rumo ao infinito, sem nunca saber onde aportar. Tempestades e problemas chegarão de surpresa, como o iceberg que afundou o Titanic. O descontolado estará sempre levando o extrato bancário para o vermelho, mas terá o desligado ao seu lado para culpar todo mundo, menos eles próprios: bancos, inflação, juros, governo, financeiras, etc. Nunca conseguirão acumular riqueza pois acreditam que isso não depende deles”.
“Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi. Editora Gente, 170 páginas.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Arena do Pavini.