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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Corte Suprema da Holanda decidiu nesta sexta-feira (13/7) que o banco ABN Amro poderá vender o LaSalle, sua divisão nos Estados Unidos, ao Bank of America mesmo sem pedir a concordância dos acionistas. Para a Justiça holandesa, "o direito de aprovação não pode ser exigido sob um governo corporativo adequado".
A venda do LaSalle para o Bank of America, por 21 bilhões de dólares, faz parte do acordo de fusão entre o ABN e a Barclays, anunciado em abril. O tribunal de Amsterdã impediu a continuidade da operação até que fosse obtida a aprovação dos acionistas. O ABN recorreu da decisão e, hoje, a Corte Suprema da Holanda sustentou que a direção do banco "está no seu direito" ao assinar um acordo de fusão com o banco britânico.
O Barclays ofereceu 67 bilhões de euros (92,5 bilhões de dólares) pelo ABN, operação que seria concluída por meio de troca de ações. Um consórcio formado pelo espanhol Santander, o escocês Royal Bank of Scotland e o belgo-holandês Fortis também demonstrou interesse pela instituição holandesa, e fez uma proposta de 71,1 bilhões de euros (98,1 bilhões de dólares) por ela. A direção do ABN, no entanto, mantém-se favorável à fusão com o Barclays. Se o ABN fosse vendido para o consórcio, provavelmente seria desmembrado, ficando o Santander com as operações no Brasil (o Banco Real) e na Itália. O Fortis ficaria com os negócios na Holanda e Bélgica e o Royal Bank of Scotland levaria as operações na maior parte da Europa, Ásia e principalmente o LaSalle, nos Estados Unidos.
Com informações das agências internacionais.