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Juros dos EUA devem cair em setembro, dizem economistas

Pesquisa do jornal americano USA Today mostra que a maioria dos analistas aposta em corte de 0,25 ponto percentual na taxa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve cortar os juros da economia americana em 0,25 ponto percentual em setembro, aponta uma pesquisa realizada esta semana pelo jornal americano USA Today.  O veículo entrevistou 37 economistas nos dois últimos dias e, mesmo diante da forte instabilidade nos mercados financeiros de todo o mundo, todos dizem não acreditar que o Fed vá mexer nos juros antes de sua próxima reunião, agendada para o dia 18 de setembro.

Alguns analistas acreditam que o Fed poderá ser mais agressivo e baixar em 0,5 ponto percentual os juros, porém há também quem estime que a instituição preferirá não alterar a taxa até o final do ano. Independentemente da decisão do banco central dos Estados Unidos, a maioria dos entrevistados já reduziu suas previsões de crescimento da economia americana para o segundo semestre de 2007, em reflexo à crise no setor de crédito hipotecário. A probabilidade de redução no volume de negócios neste ano é de 25% e, no ano que vem, de 20%.

Na última sexta-feira (17/8), o Fed tentou acalmar os mercados reduzindo de 6,25% para 5,75% ao ano a taxa de redesconto, utilizada nos empréstimos para bancos. Para os analistas no Brasil, ouvidos pelo Portal EXAME, a calmaria só deve voltar se o Fed administrar dois remédios para baixar a febre dos investidores: assegurar liquidez do sistema financeiro e escolher o momento certo para baixar a taxa básica de juros do país.

Assim como nos Estados Unidos, aqui no Brasil, os economistas também não acreditam que o Fed alterará os juros da economia americana antes de 18 de setembro. Primeiramente, dizem os especialistas, é necessário deixar que os fundos reduzam o grau de alavancagem.

Para a economista Tereza Fernandez, sócia da consultoria MB Associados, é possível permitir essa faxina do mercado sem criar uma crise sistêmica, que só viria se grandes bancos quebrassem e a economia real entrasse em colapso. Ao contrário dos anos 80 e 90, quando os bancos é que arcavam com os compromissos assumidos junto aos clientes - no jargão do mercado, eles "carregavam" essa posições em suas tesourarias -, hoje são os fundos que tomam o prejuízo, o que atenua o impacto para os bancos que os mantêm.

 

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