Apesar da perspectiva de alta na Selic, juros caíram mais um pouco em março (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h30.
São Paulo - Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na qual o mercado espera uma elevação da taxa básica de juros da economia, a pesquisa de juros da Anefac mostra que os juros das linhas de crédito para a pessoa física permaneceram praticamente estáveis em março.
Houve apenas ligeiras reduções nas taxas de juros, com exceção do rotativo do cartão de crédito, que permaneceu exatamente no mesmo patamar em relação a fevereiro.
A taxa média de todas as linhas foi de 5,40%, apenas 0,02 ponto percentual menor que a média de fevereiro. Esta é a menor taxa de juros da série histórica, iniciada em 1995.
Veja na tabela abaixo a média das taxas de juros para a pessoa física em março:
TAXA DE JUROS | Fev/13 | Mar/13 | Taxa anual |
---|---|---|---|
SELIC (Taxa básica) | 0,49% | 0,54% | 7,25% |
JUROS DO COMERCIO | 4,02% | 4,00% | 60,10% |
CARTÃO DE CRÉDITO | 9,37% | 9,37% | 192,94% |
CHEQUE ESPECIAL | 7,75% | 7,72% | 144,09% |
CDC-BANCOS | 1,54% | 1,52% | 19,84% |
EMPRESTIMO PESSOAL BANCOS | 2,92% | 2,91% | 41,09% |
EMPRESTIMO PESSOAL FINANCEIRAS | 6,94% | 6,88% | 122,21% |
TAXA MÉDIA MENSAL | 5,42% | 5,40% | 87,97% |
Fonte: Anefac
O rotativo do cartão de crédito continua sendo a linha de crédito mais cara, com taxa de 9,37% ao mês ou quase 200% ao ano. O cheque especial vem logo em seguida, com taxa mensal de 7,72% e anual de 144,09% ao ano.
A taxa mais em conta atualmente entre aquelas acompanhadas pela Anefac é o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) nos bancos, de 1,52% ao mês ou cerca de 20% ao ano.
Desde julho de 2011, a taxa básica de juros (Selic) caiu 5,25 pontos percentuais ou 42%, passando de 12,50%ao ano para 7,25% ao ano. No mesmo período, a taxa de juros média para a pessoa física caiu 33,24 pontos percentuais ou 27,42%, passando de 121,21% ao ano para 87,97% ao ano.
Perspectivas
Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), tendo em vista a pressão inflacionária mostrada pelos índices de preços, a taxa básica de juros (Selic) deve subir nas próximas reuniões do Copom.
Por conta disso, diz a Associação, é provável que as taxas das operações de crédito também voltem a ser elevadas nos próximos meses, interrompento uma sequência de quatro reduções consecutivos das taxas de juros.