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Renda de previdência privada pode diminuir 15% por juros baixos e reforma

Estudo da Mercer analisa a necessidade de revisar estratégias de investimentos para manter o nível do benefício

12% da queda da rentabilidade real é por conta da queda dos juros no cenário-base de longo prazo parra a economia brasileira (iStock/Thinkstock)

12% da queda da rentabilidade real é por conta da queda dos juros no cenário-base de longo prazo parra a economia brasileira (iStock/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 29 de julho de 2020 às 15h44.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 15h56.

O efeito das alterações feitas pela reforma da Previdência e a taxa de juros básica do país na mínima histórica pode reduzir em cerca de 15% a renda total esperada de aposentadoria para quem aplica em um plano de previdência privada. É o que aponta um estudo da Mercer divulgado nesta quarta-feira (29).

Segundo cálculo da consultoria, aproximadamente 3% decorrem da revisão da regra do cálculo do benefício da Previdência Social. A Reforma da Previdência aumentou as idades mínimas de aposentadoria e criou novas regras de cálculo que resultaram, em geral, em um menor nível de benefício da Previdência Social.

Já 12% da queda da rentabilidade real é por conta da queda dos juros no cenário-base de longo prazo parra a economia brasileira previsto pela consultoria, projetada de 6% ao ano para 3% ao ano.

 

Nos últimos meses, os planos de previdência complementar aumentaram os passivos dos fundos de previdência (caso dos Planos de Benefício Definido). Em outros, não permitem alcançar o nível de rendimentos reais para gerar o benefício de aposentadoria esperado (caso dos planos de acumulação, como Contribuição Definida).

Para o líder da área de Wealth da Mercer Brasil, João Morais, as únicas maneiras para alcançar níveis de benefícios próximos àqueles planejados inicialmente são aumentando o nível de poupança de aposentadoria e diversificando portfólios de investimento para buscar rentabilidades maiores para as reservas.

Nos cálculos da Mercer, considerando um cenário base, projeções de rentabilidade e volatilidade histórica para diversas classes de ativos, uma carteira conservadora para moderada, que carregue um pouco de risco em sua composição com investimentos em fundo imobiliário e fundos multimercado do segmento estruturado (volatilidade média em torno de 1,25%), poderia recuperar cerca de 4 pontos percentuais da queda no benefício comentada anteriormente.

Do mesmo modo, um perfil moderado, que contenha em sua composição participação de todos os segmentos, gerando uma volatilidade entre 2% e 2,5%, recuperaria cerca de 7 pontos percentuais da queda no benefício.

Por fim, uma carteira com perfil agressivo para os moldes dos fundos de pensão, que possuísse alocação nos segmentos estruturados e exterior próximo aos limites máximos atuais da legislação e carregasse exposição no segmento de renda variável próximo a 30%, poderia recuperar toda a queda no benefício registrada.

 

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