São Paulo - Com o susto da crise econômica, os brasileiros cortaram gastos, mas ainda investem pouco e deixam dinheiro parado na conta. Em agosto deste ano, os consumidores gastaram 88% da renda, em média, 10 pontos percentuais abaixo do que no mesmo período do ano passado. Mas apenas 0,7% da renda foi reservada para investimentos.
A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo aplicativo GuiaBolso, com base em dados de 114.800 usuários, com renda média de 2.213 reais por mês. Em agosto, os consumidores gastaram 10% da renda com o pagamento de contas residenciais, 32% a mais do que no mesmo período do ano passado, mas investiram menos.
Falta de hábito, de conhecimento sobre as aplicações financeiras e de conveniência dos próprios investimentos explicam por que os brasileiros investem tão pouco, na opinião de Thiago Alvarez, co-fundador do GuiaBolso. “Quando as pessoas se deparam com as diversas opções de investimento, paralisam e, com a promessa de pesquisar sobre o assunto, o dinheiro fica parado na conta”, diz.
Já viu esse filme? Com as dicas a seguir, você vai perceber que não precisa ser um expert no assunto para investir, basta um pouco de conhecimento e organização. Veja por onde começar:
1. Peça conselhos fora do banco
Tenha em mente que os investimentos do banco são produtos que ele quer vender para você, cliente. Por isso, além do gerente do banco, procure também consultores de corretoras e planejadores financeiros independentes.
Algumas universidades oferecem esse serviço gratuitamente. Pesquise tudo que puder para adquirir confiança no que está fazendo.
2. Organize seu orçamento
Levante todas as receitas e gastos, com a ajuda de apps, e estabeleça uma quantia fixa por mês que seja possível poupar. “No início, importa mais o hábito de criar essa disciplina do que a quantidade de dinheiro guardada”, ensina Alvarez, do GuiaBolso.
3. Invista primeiro para ter uma reserva financeira
É preciso ter uma reserva de emergência à parte, investida em aplicações financeiras, para então pensar em guardar dinheiro para comprar um carro ou viajar.
Esse deve ser o objetivo do seu primeiro investimento, sem um prazo de resgate definido. A quantia ideal dessa reserva é o equivalente a entre três e seis salários.
4. Escolha um investimento simples
Fundos simples, Tesouro Selic e CDBs são os investimentos menos complicados para quem está começando. Conheça mais detalhes sobre esses investimentos, que podem bater a poupança e ser tão seguros quanto a caderneta.
Alvarez recomenda especialmente os fundos de investimento, pois neles você entrega seu dinheiro na mão de um gestor, que vai tomar todas as decisões por você, e para isso cobra uma taxa de administração.
Além disso, eles têm liquidez, ou seja, você consegue resgatar seu dinheiro a qualquer momento, sem prejuízos na rentabilidade. As taxas de retorno costumam ser maiores em corretoras independentes.
5. Defina seus próximos objetivos e prazos para realizá-los
A partir daí, é só calcular quanto o sonho vai custar e quanto tempo vai demorar para que ele se concretize, conforme a rentabilidade da aplicação escolhida e o valor mensal que é possível depositar.
Nos sites de bancos e corretoras independentes, há calculadoras que ajudam nessa tarefa.
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1. Saia na frente
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São Paulo - No início, tudo parece difícil demais: a escolha do
banco ou
corretora, do
investimento, do tipo de título público ou privado. Ler muito e gostar de aprender a ganhar dinheiro são pré-requisitos para investir sem cair em furadas. Navegue pelas fotos e veja oito erros comuns de quem recém saiu da
poupança e ainda engatinha nesse mundo das
aplicações financeiras —e saiba como evitá-los. As dicas são do professor de finanças Joelson Sampaio, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), e do economista Mariol Amigo, professor da Fipecafi.
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2. 1. Pedir conselhos só para o gerente do banco
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Para onde você corre quando quer pedir uma dica de onde é melhor investir? Se for para o banco, tudo bem, mas tenha em mente que a instituição tem interesse em oferecer a melhor aplicação financeira para você e para ela. Ou seja, talvez outras alternativas melhores fiquem de fora do conselho. “Quando você compra uma geladeira, vai em três ou quatro lojas, compara os produtos e adquire o que vai trazer maior retorno, ou seja, o mais barato. Com investimentos, é assim que deveria funcionar também”, explica Joelson Sampaio, professor de finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Além do gerente do banco, procure também consultores de corretoras e a ajuda de planejadores financeiros independentes. Algumas universidades oferecem esse serviço gratuito. Além disso, seja autodidata. Pesquise tudo que puder em fontes confiáveis na internet para adquirir confiança no que está fazendo.
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3. 2. Não comparar taxas de administração
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A
rentabilidade de várias aplicações financeiras fica prejudicada pela taxa de administração cobrada por bancos e corretoras. Entenda que ter uma alto custo para investir é perder
dinheiro no retorno. Por isso, antes de investir, sempre compare não só a rentabilidade oferecida pela instituição, mas também a
taxa de administração, que às vezes pode chegar a zero.
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4. 3. Desconhecer seu objetivo ao investir
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Tenha claro que não necessariamente mais rentabilidade é sinônimo de melhor investimento para você. Às vezes, é melhor ter um retorno menor com mais liquidez, ou seja, correr menos riscos para poder resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem perdas. Defina para que e quanto você precisará usar esse dinheiro investido.
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5. 4. Achar que renda fixa não tem risco
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O nome “
renda fixa” engana mesmo. A condição de rentabilidade pode ser garantida ao fazer a primeira aplicação, mas isso não significa que você não corre risco algum de perder dinheiro. Em títulos de renda fixa pré-fixados, você pode perder dinheiro se vender o título antes do seu vencimento, se a taxa de
juros estiver baixa no momento do resgate. Por isso, é essencial conhecer exatamente o que você está comprando.
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6. 5. Arriscar demais sem conhecer o investimento
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Mesmo embalado com o mesmo pacote, os investimentos podem ter conteúdo muitos diferentes um do outro. Por exemplo, títulos do
Tesouro Direto são bem distintos entre si e podem ser mais ou menos arriscados, apesar de serem vendidos na mesma plataforma, com o nome de “título público”
(conheça as diferenças). “É bem comum investidores arriscarem demais e perderem dinheiro por não conhecerem bem o produto em que estão aplicando”, diz o economista Mario Amigo, professor da Fipecafi.
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7. 6. Esquecer dos impostos ao olhar para a rentabilidade
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A forma como acontece o desconto do
Imposto de Renda (IR) interfere diretamente na rentabilidade da sua aplicação financeira. Por isso, sempre compare o retorno entre um investimento e outro já descontando o IR. Alguns
fundos de investimento, por exemplo, estão sujeitos à forma de tributação conhecida como come-cotas. Em vez de o IR ser cobrado apenas no resgate, ele é cobrado em forma de cotas de seis em seis meses,o que reduz sua rentabilidade em comparação a outros investimentos.
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8. 7. Investir e depois abandonar sua aplicação
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Não é só investir o dinheiro e tchau. Todo investimento exige disciplina para acompanhar sua rentabilidade e compará-la com outras aplicações financeiras no mercado. Todo mês, peça o extrato do seu investimento ao banco ou à corretora e veja se ainda vale a pena manter seu dinheiro lá. Lembrei que as aplicações financeiras se mexem conforme o que acontece com a economia.
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9. 8. Seguir o efeito manada
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Sabe aquele raciocínio de que se o restaurante está cheio, é porque deve ser bom? Muita gente segue ele nos investimentos também. Mas não adianta só a aplicação estar bem falada no mercado. Ela tem que se adequar ao se objetivo.
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10. Veja também:
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