Dúvida do internauta: O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) reembolsa ao investidor prejuízos de até 250 mil reais por CPF e por instituição financeira em caso de quebra do banco. Mas se a corretora falir por má gestão ou má-fé, e não o banco no qual eu tiver o meu dinheiro aplicado, o FGC cobre o prejuízo?
Resposta de Lucas Costa e Fabiano Pessanha*
A corretora é apenas uma ponte entre a instituição financeira emissora de um titulo e o investidor. Independentemente de a corretora falir por má gestão ou má-fé, somente o patrimônio da corretora entrará no processo de falência. Nesse caso, os títulos dos clientes, pertencentes ao banco, serão separados do processo.Ou seja, o cliente não terá perdas.
Portanto, somente é necessário se preocupar com uma eventual falência do banco que emitiu os títulos nos quais você investe. Por isso na hora de investir, analise as instituições financeiras onde você irá aplicar o seu dinheiro.
Cada uma delas possui uma nota (rating) que é dada pelas agências de classificação de risco. Esses critérios se baseiam, principalmente, na capacidade de geração de caixa da empresa emissora dos títulos e nas garantias e fianças que oferece.
Conheça na tabela abaixo as notas concedidas por cada agência e seu significado:
Tabela de notas concedidas pelas agências de classificação de risco para as instituições financeiras (Reprodução)
Vale lembrar que o FGC é uma entidade mantida pelos próprios bancos com o objetivo de garantir a segurança do mercado financeiro, por isso ele não garante cobertura a todos os tipos de aplicações financeiras do mercado, mas sim aos títulos bancários e a alguns tipos de depósitos.
No site da entidade é possível checar exatamente quais investimentos contam com a proteção. Dentre oas aplicações mais comuns ao investidor individual são cobertas: a caderneta de poupança, os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
*Lucas Costa, CPA20, é consultor financeiro especializado em investimento na ANBIMA, e também é responsável pelo desenvolvimento da educação financeira em diversas empresas brasileiras.
*Fabiano Pessanha é gerente comercial corporativo da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). Também é responsável pela criação de programas de benefícios e educação financeira em diversas empresas brasileiras.
Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro, investimentos e herança para seudinheiro_exame@abril.com.br.
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1. Para inspirar
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1/10 (SXC.hu)
São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito
grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais
ricos. Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do
mercado financeiro. A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer
investimento. Conheça as principais lições:
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2. Tenha um objetivo sustentável
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2/10 (REUTERS/Rick Wilking)
Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano
Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
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3. Use os altos e baixos a seu favor
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3/10 (Simon Dawson/Bloomberg)
Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano
George Soros, de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
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4. Esteja à frente de recomendações
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4/10 (Divulgação/ Site templeton.org)
O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
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5. Saiba administrar os riscos
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5/10 (Divulgação/Columbia Archives)
O investidor americano Benjamin Graham foi professor de
Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
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6. Diversifique na medida certa
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6/10 (Wikimedia Commons)
O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em
renda fixa e outra porção em renda variável (
entenda os conceitos), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
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7. Seja racional
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7/10 (Getty Images)
Braço direito do megainvestidor
Warren Buffet, Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
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8. Fique atento a taxas
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8/10 (Scott Eells/Bloomberg)
O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
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9. Seja discreto ao investir
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9/10 (Chris Hondros/Getty Images)
Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano
Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
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10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor
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10/10 (4FR/Getty Images)