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Interessados em comprar imóvel dizem que entrada dificulta

No Feirão Caixa da Casa Própria, interessados em imóveis afirmam que principal problema é entrada do imóvel


	Imóveis: entrada é o grande dificultador do negócio
 (Fotos Públicas)

Imóveis: entrada é o grande dificultador do negócio (Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2015 às 16h20.

A 11ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria reúne vendedores otimistas e compradores em busca de uma boa oportunidade para adquirir um imóvel com boas condições de financiamento. Este ano, o foco da Caixa é o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida e das demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto é R$ 190 mil.

Após quatro anos tentando reunir condições para comprar um imóvel, a vigilante Natália Rodrigues de Lima, de 32 anos, não conseguia segurar a empolgação com a compra de um imóvel de R$ 135 mil pelo programa acertada nesta manhã. “Até agora não estou acreditando que consegui, não consigo parar de pensar nisso, que agora é verdade”, disse.

Segundo ela, o apartamento de três quartos, sendo uma suíte, e duas vagas de garagem é perfeito morar com o namorado e os três filhos. O melhor, na avaliação da vigilante, foi o valor de R$ 600 que pagará de prestação. “Hoje pago R$ 900 de aluguel, nada melhor que pagar menos por algo que é meu”, comemorou, acrescentando que a compra só foi fechada porque ela conseguiu negociar a entrada com um sinal baixo, R$ 6 mil.

Não só para Natália o sinal foi determinante. Todas as pessoas interessadas realizar o sonho da moradia própria ouvidas na manhã de hoje pela reportagem da Agência Brasil disseram que a exigência de um sinal alto, na maioria das vezes em torno de 30% do valor do imóvel, tem impedido a concretização de novas aquisições.

É o caso do professor Cleber Monteiro de Almeida, de 23 anos, que se interessou por um apartamento de dois quartos avaliado em R$ 150 mil. “A entrada está pesada, por isso ainda não fechei”, disse Almeida sobre o sinal de R$ 45 mil exigido para fazer o negócio.

Mesmo com os dois aumentos de juros do financiamento habitacional anunciados pela Caixa este ano, os interessados ouvidos pela reportagem disseram que os preços dos imóveis estão acessíveis. Para compensar o valor da entrada muito elevado para o bolso de muitos visitantes do feirão, corretores têm oferecido dispensa de várias taxas cartoriais como o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

O brigadista Xavier Coelho, de 34 anos, é outro que está a procura de uma entrada mais suave para comprar um apartamento ou casa até R$ 150 mil reais. Ele diz que antes do feirão procurou as construtoras, mas foi orientado a esperar a o evento para aproveitar facilidades especiais. “Soube que aqui alguns estandes estão parcelando a entrada, isso pode me ajudar”, disse.

Só em Brasília o Feirão Caixa da Casa Própria tem mais de 5.620 imóveis em oferta. Além da capital federal, o evento está sendo realizado até amanhã (23) em Uberlândia (MG), Porto Alegre e Florianópolis. A assessoria de imprensa da Caixa diz que só vai divulgar o volume de negócios fechados em Brasília ao final do evento.

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