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Inflação justifica pesquisa de preços pelo consumidor

Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, podem existir diferenças de até R$ 1.944,12 nos valores cobrados na cesta de 104 produtos líderes

O levantamento considera o supermercado mais barato de cada cidade e, a partir desse referencial, quanto os outros cobram a mais (Divulgação Grupo Zaffari)

O levantamento considera o supermercado mais barato de cada cidade e, a partir desse referencial, quanto os outros cobram a mais (Divulgação Grupo Zaffari)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 19h35.

São Paulo - Em tempos de alta da inflação, o consumidor não pode abrir mão de pesquisar os melhores preços entre supermercados da mesma cidade ou região. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), podem existir diferenças de até R$ 1.944,12 nos valores cobrados na cesta de 104 produtos líderes de venda ao longo de um ano, como ocorre em Brasília.

No Rio de Janeiro, a pesquisa constatou que a procura pelos estabelecimentos com os menores preços de itens líderes de venda pode gerar uma economia anual de R$ 1.204,07 para os consumidores. Situações semelhantes ocorrem em 20 cidades de 13 Estados mais o Distrito Federal pesquisadas pelo Proteste, que consultou um total 1.156 supermercados.

Outras variações anuais importantes de preços entre os pontos de venda mais caros e mais baratos foram observadas nas cidades de Belo Horizonte (R$ 1.182,36), Florianópolis (R$ 1.142,78), Campinas (R$ 1.116,82), Salvador (R$ 1.109,32) e São Paulo (R$ 1.055,78).

Já entre as cidades pesquisadas, as menores diferenças de preços encontram-se nas cidades de Niterói, no Rio de Janeiro (R$ 151,07), nas pernambucanas de Olinda (R$ 471,96) e Jaboatão dos Guararapes (R$ 512,75), e em Porto Alegre (R$ 519,28).

"A variação de preços em uma cidade, dependendo do ponto de venda, pode ser muito grande, até em supermercados de uma mesma rede. Por isso, às vezes vale a pena atravessar a rua e conferir o preço em outro estabelecimento antes de fazer as compras", afirma a Associação Proteste no estudo.

O levantamento considera o supermercado mais barato de cada cidade e, a partir desse referencial, quanto os outros cobram a mais. Segundo a associação, o Atacadão destaca-se como o mais barato em nove das 20 cidades pesquisadas e o Makro em outras cinco.

O cálculo do valor da cesta levou em consideração ponderações, referentes à importância de cada item na composição das compras do mês, baseadas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Brasília

Os preços nos supermercados de Brasília de produtos considerados líderes de venda foram os mais altos do País, segundo levantamento do Proteste. A pesquisa constatou que os consumidores da capital brasileira desembolsam até 19% a mais na comparação com os pernambucanos, onde foi detectado o menor preço. Enquanto em Pernambuco o gasto dessa cesta é de R$ 286,54, em Brasília soma R$ 341,46.

Já para os consumidores que não buscam as marcas líderes de venda, optando por produtos mais baratos, a cesta mais cara encontra-se no Rio, onde os preços são 25% maiores do que os praticados em São Luis, no Maranhão, Estado com os valores mais baixos neste quesito. No Maranhão, a cesta de produtos mais baratos sai por R$ 200,25 e no Rio de Janeiro por R$ 250,36.

A cesta de produtos líderes de venda contemplada pelo Proteste tem 104 itens de marcas de produtos alimentícios, de higiene, hortigranjeiros e de limpeza. A cesta classificada por produtos mais baratos e sem marcas definidas tem 90 itens, excluindo-se carne, frutas, verduras e legumes.

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