Em meio ao cenário financeiro mais restritivo, brasileiros têm buscado formas de fazer compras mais econômicas e também de complementar a renda mensal (RapidEye/Getty Images)
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Publicado em 19 de maio de 2022 às 17h29.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 17h58.
Com o aumento da inflação no país, os brasileiros têm se deparado com uma alta generalizada nos preços de produtos já há alguns meses. Em especial, os gastos com bens mais básicos são os que têm chamado mais a atenção: nos supermercados, os alimentos e produtos de higiene e limpeza estão cada vez mais caros. Porém, ao passo que o custo de vida só aumenta, a maioria dos salários no país não acompanha esse movimento — o que leva muitos brasileiros a encarar dificuldades para colocar as compras dentro do orçamento.
Para ter uma ideia, segundo pesquisa realizada pela Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, as cestas básicas, que contêm produtos alimentícios e de limpeza, estão 78% mais caras em comparação a 2019. De acordo com a pesquisa, a inflação sobre os preços desses bens, nos últimos 12 meses, é a segunda maior da história.
Rodrigo Somogyi, diretor de produtos da Sodexo Benefícios e Incentivos, explica que a alta da inflação tem se apresentado como um fenômeno global. Segundo ele, a alta dos preços é causada, principalmente, pelo desarranjo das cadeias globais de suprimentos em função do recente contexto de pandemia. Outro fator que encarece as mercadorias é a retomada da demanda por parte dos consumidores, a qual não é acompanhada pela oferta nas mesmas proporções.
Em meio a esse cenário, muitas pessoas têm buscado formas alternativas para complementar a renda, sem depender apenas do salário para pagar as contas no final do mês. Para Somogyi, da Sodexo, educação financeira é uma das chaves para evitar dívidas e contornar o momento difícil. “É importante que o consumidor não comprometa mais de 50% da sua renda com gastos essenciais”, aconselha.
Pensando nisso, a EXAME indicou abaixo uma alternativa interessante para gerar renda extra começando com pouco, além de algumas dicas de especialistas para te ajudar a fazer compras mais inteligentes e econômicas. Confira a seguir:
Para quem conseguir poupar uma parte da renda a cada mês, é altamente indicado aplicar essa quantia mensalmente em investimentos. Começando com R$ 100, R$ 500, R$ 1 mil ou mais, não importa! Os investimentos são uma ótima maneira de multiplicar os seus valores no longo prazo. Além da possível valorização natural dos ativos, alguns produtos financeiros, como fundos de investimento imobiliário e títulos públicos com juros semestrais, por exemplo, são conhecidos por gerarem renda extra constante aos investidores.
1. Planeje o que for comprar — e não fuja disso!
O ideal é que as compras aconteçam no máximo uma vez por semana e sejam guiadas por uma lista de produtos. Mas, cuidado! É importante ficar atento para não extrapolar essa lista e comprar o que não é tão necessário.
2. Dê uma chance aos “vencidinhos” e “feinhos”
Uma nova promoção está ganhando cada vez mais espaço nos supermercados, com descontos que variam de 10% a 50%: a venda de produtos perto do vencimento (conhecidos popularmente como “vencidinhos”); e de itens que estão com as embalagens amassadas, mas sem comprometer a qualidade (chamados de “feinhos”).
A relação é de ganha-ganha para todos os participantes: o consumidor paga mais barato e mantém o padrão de compra, o supermercado consegue vender, e o fornecedor não tem de lidar com uma devolução. Por isso, vale a pena dar uma chance a eles!
3. Aproveite os preços baixos das feiras
Conforme pesquisa da PROTESTE, de maneira geral, compras nas feiras têm um ótimo custo-benefício. Nelas, as mercadorias custam, em média, 22% menos do que em supermercados e hortifrutis.
4. Compre frutas e legumes da época
Quando o assunto são frutas e legumes, é indicado optar pelos da estação, por terem mais oferta e, consequentemente, menor preço.
5. Evite desperdícios — use cada parte dos alimentos!
Aproveitar talos, cascas e folhas também é uma boa ideia para contornar o cenário financeiro mais restritivo. Na cozinha, nada se perde, tudo pode ser reaproveitado ou reinventado. Alimentos como pão, arroz, feijão, carnes, ovos, leite, frutas e legumes, por exemplo, são versáteis e podem ser usados para improvisar novos pratos, sem deixar desperdícios.