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Inadimplência sobe e atinge 63,4 milhões de brasileiros, diz SPC

Número equivale a 41% da população adulta e a um aumento de 4,3% em relação a julho de 2017

Número de brasileiros com alguma conta em atraso chegou a 63,4 milhões no mês passado (BernardaSv/Thinkstock)

Número de brasileiros com alguma conta em atraso chegou a 63,4 milhões no mês passado (BernardaSv/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 11h12.

PSão Paulo - O número de brasileiros com alguma conta em atraso chegou a 63,4 milhões no mês passado, o que equivale a 41% da população adulta e a um aumento de 4,3% em relação a julho de 2017. Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que mais da metade dos inadimplentes (51%) tem entre 30 e 49 anos.

A avaliação é que essa faixa etária representa para muitos o momento de construção da vida pessoal e profissional, o que leva a desequilíbrios de orçamento. "Isso implica assumir diversos compromissos financeiros e, com as dificuldades que a crise ainda gera, a conta nem sempre fecha no final mês, levando à inadimplência", comenta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

O balanço leva em consideração desde dívidas bancárias - como faturas atrasadas de cartão de crédito e empréstimos bancários não pagos - a crediários abertos no comércio e dívidas com empresas que prestam serviços de telefonia, TV por assinatura e internet.

Em julho, o volume de dívidas em nome de pessoas físicas - em média, cada inadimplente possui duas contas em atraso - subiu 1,5% frente ao mesmo mês de 2017. O maior aumento da inadimplência, de 7,7%, se deu nas contas de serviços básicos, como água e luz. Na sequência, com alta de 6,9%, aparecem as dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros.

"O desemprego elevado e a renda achatada dos brasileiros seguem contribuindo para esse avanço no quadro de inadimplência. Ainda que o País tenha superado a recessão, a recuperação da economia continua mais lenta do que o previsto, agravada pelo clima de incertezas das eleições que se aproximam", avalia o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

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