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Ibovespa é a aplicação mais rentável em janeiro

Bolsa acumula alta de 11,13%, superando os campeões de rentabilidade de 2011

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 08h16.

São Paulo – Quem acompanhou a rentabilidade que as principais aplicações para o investidor brasileiro acumularam em 2011, quase não reconhece o ranking no primeiro mês de 2012. Após um ano melancólico, no qual os investimentos mais rentáveis foram aplicações não tão acessíveis para o investidor pessoa física, janeiro começou com o Ibovespa em alta de 11,13%. Com a alta acumulada, o principal índice da bolsa registrou o melhor mês de janeiro em seis anos. Confira o ranking completo:

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Aplicação Rentabilidade até 31/01
Ibovespa 11,13%
*ETFs 9,15%
*Fundos de ações Ibovespa Ativo 7,56%
*Fundos de Ações Livres 4,68%
*Fundos de Ações -Small Caps 3,35%
*Fundos de Ações - Dividendos 2,71%
*Fundos de capital protegido 2,57%
Ouro (BM&F) 0,63%
LTN (vencimento em 01/01/2013) 1,26%
NTN-F (vencimento em 01/01/2013) 1,26%
NTN-B (vencimento em 15/08/2012) 1,03%
CDI 0,89%
LFT (vencimento em 07/03/2012) 0,89%
Selic 0,85%
*Fundos de renda fixa 0,78%
*Fundos referenciado DI 0,75%
*Fundos multimercados multiestratégia específica 0,73%
Poupança 0,587%
Dólar Comercial -6,53%

*Os dados de fundos levam em consideração os resultados obtidos somente até o dia 25/01
Fontes: Banco Central, Tesouro, BM&FBovespa e Anbima

Para Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, o cenário econômico no Brasil e a queda na taxa de juros, que torna a renda fixa menos atrativa, ajudam nessa valorização. “O mercado brasileiro caiu com as bolsas de outros países, mas nós não temos crise como na Espanha ou na Grécia”, afirma.

Martins lembra que a queda recente de papéis nos setores de mineração, siderurgia e petróleo abre espaço para a valorização dessas ações e também comenta a volta do investidor estrangeiro para a bolsa.

Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da Coinvalores, destaca que as notícias internacionais que assustavam o investidor também já estão afastadas. “Aos poucos, o medo de uma dissolução na zona do Euro vai diminuindo. Nos Estados Unidos, as notícias não são as mais animadoras, mas também não há problemas no radar”, diz, lembrando que o noticiário político é o que vai estar mais em alta nos EUA devido ao ano eleitoral.

Com esse cenário, aumentam as chances de que a alta do Ibovespa se repita ao longo do ano. “Esse não é um evento isolado de janeiro. É um evento para todo o ano de 2012”, afirma Barbosa. Isso não quer dizer que o Ibovespa subirá 10% todos os meses, mas que o cenário atual dá mais flexibilidade para outras altas. “A bolsa partiu de um patamar mais baixo, o que abriu espaço para uma boa valorização”, afirma.

Martins também vê chances maiores de uma alta na bolsa se repetir, mas lembra que é importante ter cautela antes de apostar todas as fichas numa disparada do mercado. “O rompimento do teto de 60 mil pontos traz a possibilidade de uma tendência de alta, mas ainda é cedo para dizer que ela existe”, afirma.


Essa alta do Ibovespa influenciou o movimento de outra aplicação. Durante 2011, o ouro apresentou uma das maiores altas para o investidor. O metal costuma ser refúgio em momentos ruins do mercado. Justamente pela escalada do Ibovespa é que a aplicação não brilhou muito em janeiro. Embora não tenha registrado queda, a valorização foi sútil, de 0,63%.

A única aplicação que perdeu no primeiro mês do ano foi o dólar, que também havia se destacado em 2011. A queda em janeiro somou 6,53%.

Um mês com menos notícias preocupantes na Europa ajudou a queda da moeda americana, mas não foi o único motivo. “As empresas trouxeram dinheiro. O mês apresentou muitas captações e investimentos sendo feitos aqui”, afirma José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

Embora com baixas não tão fortes, o dólar pode passar sim por outras quedas ao longo do ano. “O Banco Central monitorando de perto o mercado e alguma preocupação restante sobre a Europa são fatores que vão equilibrar isso”, diz Amado.


Fundos de investimentos

Ao contrário do que vinha ocorrendo, os fundos de renda fixa não se destacaram neste mês. Embora tenham fechado janeiro no azul, as altas foram muito menores do que as registradas entre os fundos compostos por ações. A categoria renda fixa subiu 0,78% em janeiro, até o último dia 25, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

A maior alta entre os fundos analisados do ranking aconteceu nos ETFs, que replicam índices da bolsa. Impulsionados pela alta da bolsa no mês, os produtos conseguiram uma rentabilidade média acumulada de 9,15% em janeiro.

Outra categoria que obteve boa rentabilidade em janeiro foi a de fundos Ibovespa Ativo, com ganho médio de 7,56% em janeiro.

Títulos do Tesouro

Para o ranking de rentabilidade, foram considerados os primeiros prazos de vencimento para cada um dos títulos. A maior rentabilidade ocorreu nas LTNs e as NTN-Fs com vencimento em 1º de janeiro do ano que vem, ambos prefixados, com alta de 1,26%.
As NTN-Bs, que são atreladas ao IPCA, renderam 1,03% em janeiro e as LFTs, com rendimento ligado à Selic, renderam 0,89%.

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