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Hospital da Criança pode ser despejado por fundo imobiliário

Brazilian Mortgages, administradora do fundo homônimo, entrou com ação de despejo contra o hospital por inadimplência

O Hospital da Criança, fundo da Brazilian Mortgages, conseguiu liminar para baixar o valor do aluguel (Antonio Milena/Veja SP)

O Hospital da Criança, fundo da Brazilian Mortgages, conseguiu liminar para baixar o valor do aluguel (Antonio Milena/Veja SP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 10h22.

São Paulo – A Brazilian Mortgages entrou com uma ação de despejo contra o Hospital da Criança, em São Paulo, inquilino de seu fundo imobiliário de mesmo nome que está inadimplente com o pagamento do aluguel de dezembro de 2011. Com isso, consequentemente os investidores do fundo ficaram sem receber a sua parte do aluguel. A informação foi divulgada na última quinta-feira (19) por meio de fato relevante.

O aluguel de dezembro vencia no dia 10 de janeiro. No dia 12, a Brazilian Mortgages comunicou ao mercado a inadimplência do hospital, pertencente ao Grupo Nossa Senhora de Lourdes. No dia 13, foi comunicado que o inquilino conseguiu uma liminar para reduzir o valor pago de aluguel, que passaria a ser, provisoriamente, de 442.067,08 reais, ou 8% do faturamento mensal do hospital. Mesmo assim, o aluguel de dezembro não foi pago.

O Hospital Nossa Senhora de Lourdes – do mesmo grupo e também pertencente a fundo homônimo da Brazilian Mortgages – também conseguiu uma liminar provisória revendo o aluguel para baixo, comunicada no dia 12 de janeiro. O novo valor, de 1.618.613 reais, corresponde a 80% do valor do aluguel então vigente. O Hospital Nossa Senhora de Lourdes também chegou a ficar inadimplente no fim do ano passado, mas já quitou suas obrigações.

A revisional para baixo era uma possibilidade garantida pelo contrato de aluguel desses fundos, que no ano passado estiveram entre os que mais amargaram perdas por conta desses problemas. De acordo com o ranking publicado pelo especialista em fundos imobiliários Sérgio Belleza, ambos os fundos acumularam queda na ordem de 20% em 2011.

Hospitais estão entre os ativos mais arriscados de fundos imobiliários. É muito complicado e demorado despejá-los por conta de sua função social e da dificuldade para o inquilino achar outro espaço adequado e compatível. Hospitais têm mais tempo para sair de onde estão, uma vez que é preciso remover, com segurança, todos os pacientes.

O Grupo Nossa Senhora de Lourdes ainda não se pronuncia sobre o caso. A Brazilian Mortgages diz que não está se pronunciando sobre o assunto a não ser por meio de fatos relevantes.

*Atualização às 11h21

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