greve dos pilotos e comissários: A principal reivindicação da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e aumento real de 5% (Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2022 às 07h48.
Pilotos e comissários inciaram greve nos principais aeroportos do país nesta segunda-feira, 19. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os trabalhadores devem cruzar os braços todos os dias entre as 6h e 8h.
Na manhã desta segunda, atrasos foram registrados em aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. A orientação das administradoras dos aeroporto de Guarulhos, Congonhas, Galeão e Santos Dumont é que o passageiro entre em contato com a companhia áreas para saber o status do voo.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que compareçam aos aeroportos, mas que não façam decolagens. A greve está prevista para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
O Tribunal Superior do Trabalho determinou na sexta-feira que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve, mas voos estão sendo afetados. Saiba o que fazer se você tem viagem marcada para esta manhã.
O Procon-SP afirma que em caso de cancelamento de atraso, adiamento ou cancelamento da viagem, o passageiro tem direito a:
O passageiro deve guardar o comprovante de eventuais gastos que teve em decorrência do atraso e/ou cancelamento de seu voo.
A principal reivindicação da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e aumento real de 5%. Os aeronautas pedem também a definição de horários de folgas, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.
O SNEA afirmou, em seu pedido ao TST, que desde a primeira reunião de negociação os aeronautas sinalizaram que não abririam mão do aumento real. “Mesmo as empresas se esforçando ao máximo e apresentando proposta de reajuste de 100% do INPC, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de conceder outros pleitos sociais dos aeronautas”, informou a entidade.
Os aeronautas, por sua vez, argumentam que os altos preços das passagens aéreas aumentaram também os lucros.