A gestora de fundos de participações GP Investiments anunciou nesta quarta-feira (31/5) que vai retomar o processo de lançamento de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A data da estréia está marcada para este 1º de junho, informou a empresa num comunicado.

A oferta havia sido suspensa na última sexta-feira, porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não havia aprovado a tempo uma regulamentação que permitira o ingresso da GP na bolsa. Como a empresa tem sede nas Bermudas, precisa emitir Brazilian Depositary Receipts (BDRs) para ter seus papéis negociados no mercado brasileiro. A estratégia, porém, dependia da aprovação CVM, que precisava alterar uma instrução para permitir que empresas que têm sede em países que não mantêm acordos de cooperação com a CVM possam emitir BDRs na Bovespa. A instrução - de nº 431 - foi aprovada no dia 29 de maio.

A GP será a primeira empresa a emitir ações depois que uma forte onda de instabilidade atingiu a bolsa brasileira - e, por isso, sua estréia é aguardada com ansiedade por analistas e investidores. Outra companhia que ingressaria na bolsa no mesmo período, a Brasil & Movimento, dona da marca Sundown, adiou a operação para 5 de junho. Num comunicado, a B&M justificou a decisão citando a turbulência do mercado de capitais. Até agora, porém, nem a instabilidade do mercado, nem a suspensão do lançamento prejudicaram o preço dos papéis da GP. Cada BDR será vendido a 34,27 reais - valor superior à faixa de preço prevista pela empresa no prospecto preliminar, que variava de 26,76 a 33,97 reais.

A suspensão da oferta não abriu a possibilidade de mais investidores fazerem pedidos de reserva para comprar ações da GP. O período de reservas terminou de acordo com o cronograma original, em 24 de maio. No entanto, ainda é possível desistir do negócio. Os investidores não-institucionais podem desistir da compra até as 11h30 do dia 2 de junho, último dia útil antes da liquidação financeira da oferta.