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Golpes financeiros contra idosos crescem 60% na pandemia. Como evitar

Veja as principais orientações e dicas para não ter prejuízos em operações criminosas

Durante a quarentena, os bancos chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante a quarentena, os bancos chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 13h35.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 14h39.

Com o maior uso da internet para realizar atividades cotidianas durante a pandemia, criminosos aproveitam o maior tempo online das pessoas para aplicar golpes. Um levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) revela que na quarentena houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos.

De acordo com o diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes, Adriano Volpini, atualmente, em 70% das fraudes o cliente do banco é induzido a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários.

Segundo ele, os criminosos abusam da ingenuidade ou confiança do usuário para obter informações que podem ser usadas para que tenham acesso não autorizado a computadores ou informações bancárias.

Durante a quarentena, as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing - que se inicia com e-mails com links que direcionam o usuário a sites falsos. Os e-mails normalmente pertencem a remetentes desconhecidos ou falsos.

 

Tipos de golpes mais comuns

Um exemplo de ataque é quando o criminoso liga para a casa do cliente, diz ser do banco e pede para confirmar algumas informações, como dados pessoais e senhas. Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, o consumidor expõe sua conta bancária e seu patrimônio aos golpistas.

Há também casos em que o fraudador se apresenta como um “funcionário do banco” e pede para o cliente realizar uma transferência como um teste. Os bancos nunca ligam para clientes para realizar transações.

O golpe do falso motoboy teve aumento de 65% durante o período de isolamento social. Nele, criminosos entram em contato com as vítimas se fazendo passar pelo banco para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão de crédito do cliente.

Usando técnicas para obter dados, os golpistas informam que um motoboy será enviado para recolher o cartão supostamente clonado para que sejam feitas outras análises necessárias para o cancelamento das compras irregulares.

Para passar uma imagem de segurança, os criminosos orientam a vítima a cortar o cartão ao meio, para inutilizar a tarja magnética, antes de entregá-lo ao motoboy. No entanto, o chip permanece intacto, o que permite que a quadrilha faça compras com o cartão, ainda que o plástico esteja partido ao meio.

Como não cair em golpes

Para combater as fraudes, a associação dos bancos está lançando uma campanha para informar e conscientizar sobre as tentativas de golpes financeiros, com o apoio da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e Banco Central.

A campanha de orientação contará com postagens e vídeos com dicas sobre como se proteger dos principais golpes aplicados atualmente contra os clientes bancários.

Veja abaixo as principais orientações e dicas para evitar prejuízos:

- O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão

- O banco nunca vai mandar alguém para a casa do cliente para retirar o cartão

- O banco nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento

- Ao receber uma ligação dizendo que o cartão foi clonado, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e ligar de outro telefone para tirar a limpo essa história

- Recebeu um SMS ou e-mail do banco com um link? Apaga e ligue para o seu gerente

- Multiplique os cuidados e não passe sua senha a ninguém

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