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Golpe do 0800: Febraban alerta sobre mensagem falsa que tem circulado por SMS

A Febraban alerta que se trata de golpe de engenharia social para enganar a pessoa para que ela forneça informações confidenciais

Golpe do 0800: consumidor deve ficar atento para não cair em golpe (Bronek Kaminski/Getty Images)

Golpe do 0800: consumidor deve ficar atento para não cair em golpe (Bronek Kaminski/Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 6 de setembro de 2023 às 10h59.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para um novo golpe que tem circulado nos últimos tempos. Funciona assim: golpistas enviam SMS com mensagem de compra falsa pedindo que cliente entre em contato com uma suposta central de atendimento 0800 para resolver uma irregularidade no cartão ou na conta.

No texto da mensagem aparece um número 0800, que supostamente seria uma central telefônica de um banco ou de uma área de cartões de crédito. Eles se utilizam dessa técnica para trazer maior credibilidade para a mensagem.

A Febraban afirma que se trata de golpe de engenharia social, que usa técnicas para enganar o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões e, principalmente, induzir a pessoa a realizar transações financeiras para o golpista.

Na mensagem, o golpista usa o nome de alguma instituição financeira em mensagens como: “Compra aprovada em um determinado valor em alguma loja do varejo conhecida”. Dizem que para confirmar, o cliente deve digitar o número 1, mas que caso desconheça a transação, o consumidor deve ligar para uma central de 0800.

Como a compra é falsa, ao ligar para a falsa central de atendimento, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. E que para resolver o assunto, o consumidor deve fazer uma transação para regularizar o problema, ou ainda pede dados pessoais, como número de conta e senha, para cancelar a operação.

Outro artifício que também é usado nas mensagens é afirmar que as milhas ou pontos do cartão do cliente estão vencendo. E pede para que o cliente ligue para a falsa central telefônica para que o consumidor não perca a vantagem. Ou ainda passam um link de site fraudulento que induzirá o cliente a fornecer dados bancários e pessoais. Também há casos de mensagens de falsos prêmios que induzem o cliente a fazer uma ligação para o bandido.

“O cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou por outras mensagens. Se tiver alguma dúvida, o cliente deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Ele ressalta que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais nestas ligações. “Também nunca ligam e pedem para que clientes façam transferências ou Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação através de um telefonema. Desligue se pedirem para digitar senha ou qualquer dado em seu aparelho de telefone. Ao receber uma ligação suspeita, desligue e de outro telefone, ligue para os canais oficiais de seu banco.”

Outra variante do golpe

Outra situação que vem sendo usada pelos criminosos é ligar para o cliente e dizer sua conta está sendo fraudada por um colaborador do próprio banco e que para resolver o problema é necessário transferir o valor para uma chave ou conta segura. E quando o cliente faz essa transferência, na verdade, está enviando dinheiro para a conta de um golpista. Esses chegam a orientar o cliente que os bancos devem bloquear a transação e ligar para confirmar essa situação suspeita, e, que nessa ligação, o cliente precisa confirmar e dizer que está fazendo um investimento ou uma operação particular, confirmando que a transação deve ser feita. Qualquer um desses comportamentos é suspeito e sinal de golpe.

De acordo com a Febrabanm, atualmente, cerca de 70% das tentativas de golpes têm origem na engenharia social, e não estão relacionados em brechas no sistema tecnológico dos bancos.

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