Sâo Paulo - O aumento do teto da dívida americana mexeu com o mercado no mês de julho e jogou para baixo o retorno da renda variável. O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou o mês com uma queda de 5,7%, na lanterna das aplicações financeiras. No ano, a perda já é de 15,1%. Apenas o ouro e os fundos DI e de renda fixa superaram a poupança e a inflação no mesmo período. Alvo de novas medidas da equipe econômica do governo, o dólar acumula queda de 6,67% em 2011.

Para agosto, as perspectivas estão umbilicalmente ligadas à resolução do impasse nos Estados Unidos, que deve ser resolvido até a próxima terça. Antes afastado com veemência, a chance de calote já não é desconsiderada pelo mercado. Em nota, o analista da Socopa Osmar Camilo ressalta que as incertezas devem continuar fortes. "O próprio FMI já antecipou 'dúvidas' sobre a manutenção do dólar como moeda de reserva internacional", assina. 

Segundo o professor de finanças da UFSC Jurandir Macedo, quem tem estômago para aguentar oscilações deve considerar o investimento na bolsa. "Você olha para empresas completamente diferentes do que eram em 2008, em 2007, com lucros bem maiores mas com preços menores que naquela época", afirma. De qualquer forma, ressalva ele, o fundo do poço pode estar mais embaixo e o investimento em ações demanda estudo e visão de longo prazo. "Não aplicaria valores muito significativos porque a bolsa pode sim cair bastante nos próximos meses." 

Confira o rendimento dos investimentos em julho:

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	Rendimento no mês (%)	Acumulado 2011 (%)
Ouro	9,31	7,31
Fundos de renda fixa	0,79	6,76
Selic	0,97	6,56
CDI	0,97	6,54
Fundos DI	0,84	6,51
Poupança (estimativa)	0,62	4,25
IPCA (estimativa)	0,2	4,08
Fundos Multimercados Multiestratégias	0,39	3,67
IGP-M	-0,12	3,36
Dólar	- 0,51	- 6,67
Fundos de Ações Livre	-4	-7,72
Fundos de Ações Small Caps	-5,13	-12,1
Ibovespa	-5,7	-15,1

Fontes: BM&FBovespa, Banco Central, Anbima