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Fundos de pensão brasileiros têm 5º maior retorno do mundo

Fundos de pensão do país tiveram rendimento real de 28,56% desde 2008 e ficaram entre os cinco de maior retorno sobre aplicações financeiras


	Saco de dinheiro: Fundos de pensão do país tiveram rendimento real de 28,56% desde 2008, de acordo com a Abrapp
 (Thinkstock)

Saco de dinheiro: Fundos de pensão do país tiveram rendimento real de 28,56% desde 2008, de acordo com a Abrapp (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2015 às 13h06.

São Paulo e Brasília - Quem aplicou dinheiro em fundos de pensão brasileiros nos últimos sete anos não deve ter motivos concretos para reclamar. Com rendimento real de 28,56% desde 2008, os fundos de pensão do Brasil estão entre os cinco de maior retorno sobre aplicações no mundo.

A informação consta de levantamento realizado pelo Núcleo Técnico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) a que o Broadcast, serviço tempo real da Agência Estado, teve acesso com exclusividade. Em termos nominais, a rentabilidade dos fundos brasileiros nos últimos sete anos foi de 89,7%.

Vale ressaltar que os fundos de pensão são o único investimento de longo prazo com incentivo tributário. O investidor pode abater até 12% da renda na declaração anual de impostos.

No caso dos que optaram pela tabela progressiva e que contribuíram por um período superior a 10 anos, o Imposto sobre a Renda (IR) incidente sobre o ganho é de apenas 10%. Dos salários do trabalhador, a Receita Federal abocanha mensalmente até 27,5%.

O levantamento feito pela Abrapp envolveu 21 países a partir de dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O ranking, de acordo com a Abrapp, excluiu alguns países como Estados Unidos e Reino Unido, por não terem dados para todos os anos.

Outra conclusão a que chegou o Núcleo Técnico da Abrapp diz respeito à queda dos ativos dos fundos de pensão brasileiros em relação ao PIB. Em 2014, a queda foi de no máximo 0,3 ponto porcentual.

"Pelo dado da OCDE, a queda teria sido de 1,3 ponto porcentual, mas vale esclarecer que a metodologia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi alterada, sem que alguns cálculos que envolvem esse indicador tenham levado em conta essa mudança", observam os técnicos da Abrapp."Se for considerado o valor da nova série do PIB, o resultado será redução de apenas 0,3 ponto porcentual."

Para realizar o trabalho, a Abrapp recorreu aos dados divulgados pela OCDE desde 2008, acumulou os números e calculou os retornos anualizados. Para calcular a rentabilidade real no Brasil, foi utilizada metodologia semelhante à da OCDE, subtraindo da rentabilidade nominal a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no acumulado de 2008 a 2014.

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