Anbima: em janeiro, a captação líquida total da indústria de fundos, que foi de 6,2 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)
Karla Mamona
Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 12h43.
SÃO PAULO - Os fundos de ações bateram recorde de captação em janeiro, de 21,3 bilhões de reais. Além da marca histórica, trata-se do 16º mês consecutivo sem resgate líquido de recurso. É o que aponta um levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgado nesta sexta-feira (7).
O tipo ações livre, que apresenta o maior patrimônio líquido da classe, foi responsável por 47% desse volume, cerca de 10,1 bilhões de reais.
Carlos André, vice-presidente da Anbima, explica que resultado dos fundos de ações no período supera, inclusive, a captação líquida total da indústria de fundos, que foi de 6,2 bilhões de reais, que foi puxada para baixo, principalmente, pelo resgate líquido de R$ 19,4 bilhões dos fundos de renda fixa.
“Já estamos no quarto mês consecutivo que os investidores resgatam mais do que aportam nos fundos de renda fixa. Esse comportamento reafirma a busca por alocações menos conservadoras no cenário de juros baixos. Com a nova queda da Selic esta semana, a tendência é que o cenário se mantenha.”
Em relação à rentabilidade, apesar do resultado negativo do Ibovespa em janeiro (-1,63%), a maior parte dos tipos dessa classe encerrou o mês com retornos positivos. O tipo Ações Livres, em que não há compromisso de concentração em uma estratégia específica, teve média de 1,98%. Entre os multimercados, o tipo Long and Short Neutro, que faz operações de ativos e derivativos ligados à renda variável, teve ganhos de 2,13%. Na renda fixa, a alta foi maior no tipo Investimentos no Exterior, que deve investir parcela superior a 40% do patrimônio líquido em ativos financeiros no exterior, com 2,45%.