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Fundo de pensão da Fecomercio-SP quer ser o maior do país

Em dois ou três anos, companhia quer superar 100 000 associados, com estratégia de investimento conservadora

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Em dois ou três anos, a recém-criada Fundação Fecomercio de Previdência Associativa quer conquistar o posto de maior fundo privado, em número de participantes. Para chegar a essa posição, precisará disputar espaço com gigantes do setor, como a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Líder do setor, a Previ conta com 154 000 beneficiários e administra 70 bilhões de reais em ativos. Somente no primeiro ano de operação, a Fundação Fecomercio deseja conquistar 50 000 associados.

Criada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), em parceria com o Centro do Comércio do Estado de São Paulo (CCSP) e o Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado (Sircesp), a fundação limita sua ambição a concorrer com os grandes do setor ao número de adesões. "Não vamos competir em patrimônio líquido porque esses fundos [como a Previ] são muito grandes", diz Antonio Fernandez, administrador da Fundação Fecomercio.

Há várias estratégias para a expansão. A primeira é a oferta de planos corporativos para pequenas e médias empresas de comércio e serviços. Somente no Estado de São Paulo, Fernandez observa que há 650 000 estabelecimentos do tipo. "Se imaginarmos dois associados por empresa, já teremos uma dimensão de onde podemos chegar", diz.

Outra possibilidade é conquistar a gestão de fundos de terceiros, como grandes redes de varejos que disponham de sua própria previdência privada, ou sindicatos e federações de outros estados que estejam na mesma situação. "Vamos trabalhar com pequenas taxas de administração, em torno de 0,5%", diz Fernandez.

Por fim, há ainda a expectativa de vincular o plano de previdência a convenções coletivas dos comerciários, como permitido por lei. Caso isso ocorra, não apenas os sindicalizados, mas todos os membros de uma mesma categoria passam automaticamente a contribuir para o fundo. "Isso é importante, porque a taxa de sindicalização no setor é pequena", afirma Fernandez.

Estratégia conservadora

O executivo não revela qual o patrimônio líquido que a Fundação Fecomercio espera atingir, nem em quanto tempo. Fernandez adiantou, porém, que o plano de negócios da companhia prevê que o primeiro ano de operação encerre com 50 000 associados, cuja contribuição média será de 90 reais.

No primeiro ano de atuação, o fundo adotará uma postura bastante conservadora, investindo apenas em aplicações de renda fixa, como títulos públicos. Somente quando a operação atingir um certo porte, a carteira de investimentos se diversificar. Isso não significa que a companhia não acompanhará os acontecimentos do mercado de capitais em 2006, quando estão previstas a pulverização de capital de várias empresas, a oferta pública inicial de ações de outras tantas, além do fortalecimento do mercado de títulos de dívida privada em geral. ';Vamos acompanhar os fatos, mas não vamos entrar sem que haja um patrimônio consistente", afirma o executivo.

A Fundação Fecomércio será lançada nesta segunda-feira (20/2), com a presença do ministro da Previdência Social, Nelson Machado.

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