Minhas Finanças

Fundo cambial protege dinheiro para a viagem

Aplicação atrelada à variação cambial mantém investimento protegido da oscilação da moeda

Fundo é indicado para quem prevê despesas no exterior, como uma viagem ou intercâmbio (Miguel Medina/AFP)

Fundo é indicado para quem prevê despesas no exterior, como uma viagem ou intercâmbio (Miguel Medina/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 15h02.

Normal
0

21

false
false
false

PT-BR
X-NONE
X-NONE

/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";}

São Paulo - Sempre surgem dúvidas sobre o melhor momento para comprar a moeda estrangeira antes de viajar. Quem prefere dispensar as adivinhações, tem uma alternativa: o fundo cambial.  Um fundo de investimentos que permite comprar euros ou dólares com antecedência e manter o valor de compra até a viagem.

Previsto inicialmente para fechar o ano entre 1,70 e 1,80 real, o dólar comercial fechou a 1,96 real nesta quarta-feira, acumulando alta de 3,48% no mês e 4,37% no ano. Para quem vai viajar para o exterior e está de olho no dólar turismo, a taxa fechou a 2,01 reais. Na conjuntura atual, os fundos cambiais devem ganhar mais adeptos. Eles tiveram o maior retorno da indústria de fundos nos últimos 12 meses, com um rendimento de 22,67%, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O fundo cambial aplica recursos em títulos emitidos em moeda estrangeira por bancos e empresas, acompanhando assim o comportamento da moeda. Por isso, com a valorização do dólar, a rentabilidade aumentou.

Segundo Marcelo Pacheco, gerente executivo de fundos multimercado do BB DTVM, a tendência é que a rentabilidade se mantenha em alta. “O fundo deve se manter atraente porque a economia americana irá iniciar um processo de recuperação, e o dólar continuará se valorizando”, avalia.

Por garantir a proteção contra a variação cambial, processo chamado de hedge cambial, a aplicação vale principalmente para investidores que tenham qualquer compromisso no exterior que deve ser pago no futuro com a moeda estrangeira.  Seja ele uma dívida, um negócio, um curso ou uma viagem.

Além deste tipo de fundo ser composto por títulos atrelados à variação cambial, ele tem aplicações em títulos que pagam juros sobre a variação da moeda, taxa chamada de cupom cambial. Dessa forma, mesmo que a moeda referida tenha sofrido uma alta no período, se a Taxa Selic aumentar e o fundo tiver papéis com juros de longo prazo, as cotas podem sofrer uma perda. 

Outro ponto positivo, já que a Selic tem perspectiva de queda para os próximos meses.

Para pequeno investidor, não é boa opção para multiplicar patrimônio

Apesar dos apelos momentâneos, os fundos cambiais são arriscados para fins de multiplicação de patrimônio. Eles podem trazer prejuízos em um cenário de desvalorização dólar. Um investidor que aplicou 19.000 reais em um fundo cambial, com o dólar a 1,90 real terá 10.000 dólares. Se o dólar passar a 1 real, o investidor continua a ter 10.000 dólares, mas se fizer o resgate em reais terá apenas 10.000 investidos.


“Com o agravamento da situação política e econômica na Europa, existem muitos riscos externos. O dólar pode ser afetado e parar de subir”, comenta Pacheco.

Dessa forma, utilizar o fundo com objetivo único de aumentar o patrimônio é mais indicado para quem tem maior conhecimento do mercado ou ainda como estratégia de diversificação de investimentos.

"Especulação em moeda é muito difícil, tão ou mais do que especular em ações. Por isso, o fundo cambial não é recomendável para o pequeno investidor, somente para quem tenha algum pagamento para fazer em dólares no exterior", defende André Massaro, especialista em finanças pessoais da MoneyFit.

Como investir

O primeiro passo para fazer essa aplicação é procurar um banco que ofereça o serviço. O investimento inicial desta modalidade de fundo é de 1.000 reais, mas fica a critério da instituição estabelecer um piso maior.

Também variam de acordo com a instituição as taxas de administração cobradas. Segundo os analistas, este é um critério que deve balizar a escolha de onde investir.

O investidor deve observar também que existe uma tributação de imposto de renda sobre os ganhos, que varia de 22,5% a 15%, dependendo do prazo da aplicação. Por isso, se a aplicação for de curto prazo, as taxas cobradas podem não compensar o investimento. Este tipo de fundo não cobra taxas de performance.

Por fim, os fundos cambiais possuem liquidez diária, isto é, o investimento pode ser resgatado a qualquer hora. Por se tratar de um investimento mais utilizado para hedge, o prazo para resgate é o necessário para a proteção.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasFundos cambiaisImigraçãoinvestidor-agressivorenda-pessoalrenda-variavelViagensviagens-pessoais

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena sorteia prêmio estimado em R$ 3,5 milhões nesta quinta

Pagamento do Bolsa Família de setembro começa nesta quarta-feira; veja as datas

Mega-Sena acumulada: quanto rendem R$ 82 milhões na poupança