Imóvel: para sair do aluguel, é preciso achar uma parcela de financiamento que caiba no bolso (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 12h40.
Pergunta da internauta: Gostaria de saber se vale a pena comprar um imóvel no Rio financiado ou é melhor alugar um. O valor do apartamento que alugo é de 650.000 reais. Já o aluguel custa 3.200 reais com todas as taxas incluídas. Seria possível financiar o imóvel com o mesmo custo? (Leticia Siqueira)
Resposta de Joe Powell*
A decisão de comprar ou alugar um imóvel depende geralmente dos projetos pessoais de cada um. A compra de um imóvel é um projeto de médio/longo prazo. Portanto, se você tem a intenção de continuar morando no Rio, realmente financiar a casa própria parece uma alternativa melhor do que continuar alugando. Afinal de contas, você estaria investindo em um bem que lhe pertence, construindo assim o seu patrimônio.
Hoje, se você financiar 80% do valor do apartamento onde reside (520.000 reais) pela tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), a parcela mensal inicial de será de aproximadamente 6.150, lembrando que as parcelas são decrescentes ao longo dos anos. Consideramos uma idade de 35 anos, um prazo de 360 meses para amortização e taxa média de 11% ao ano.
Para ter uma parcela próxima ao valor que você paga hoje de aluguel, o financiamento máximo seria de 270.000 reais. Ou seja, você teria que ter em mãos os outros 380.000 reais para dar de entrada no imóvel. Isso sem esquecer que terá de arcar com despesas de condomínio e IPTU.
A principal vantagem de financiar a compra de um imóvel é que você poderia comprar um bem agora, sem se descapitalizar totalmente. O imóvel poderá valorizar no decorrer dos próximos anos e aumentar assim o valor do seu patrimônio pessoal. Se um imóvel que hoje vale 650.000 reais valorizar 5% ao ano nos próximos 10 anos, ele poderia ter um valor de mercado de mais de 1 milhão de reais transcorrido esse prazo.
Além disso, você pode ir amortizando seu financiamento e terminar de pagá-lo antes do prazo, o que economizará os juros pagos ao banco.
Agora é uma questão de ver se as parcelas cabem no seu orçamento. Afinal de contas, não adianta comprar o imóvel e depois ficar em apuros financeiros.
*Joe Powell é diretor da Associação Brasileira dos Corretores de Empréstimo e Financiamento Imobiliário (Abracefi)
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