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Financiamento imobiliário dispara 78% em novembro

Mesmo com queda de 0,2% na comparação com outubro, o desempenho de novembro foi o segundo maior da série histórica iniciada em julho de 1994

Financiamento imobiliário: No acumulado do ano até novembro, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% acima do de um ano antes (Leonardo Benassatto/Reuters)

Financiamento imobiliário: No acumulado do ano até novembro, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% acima do de um ano antes (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 18h24.

O financiamento imobiliário no Brasil com recursos da caderneta de poupança atingiu 13,8 bilhões de reais em novembro, um salto de 77,9% em relação ao mesmo período de 2019, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Mesmo tendo caído 0,2% na comparação com outubro, o desempenho do mês passado foi o segundo maior da série histórica iniciada em julho de 1994, em termos nominais, confirmando a força do setor, mesmo diante da crise provocada pela pandemia da covid-19.

De janeiro a novembro, os empréstimos no setor para financiar a compra e construção de imóveis avançaram 52,1%, para 106,5 bilhões de reais, próximo do pico histórico registrado em 2014, de 112,85 bilhões de reais.

Em unidades financiadas, os empréstimos de novembro atenderam 46,2 mil imóveis, 1,5% a mais do que em outubro e 59,9% maior do que o apurado em novembro de 2019.

No acumulado do ano até novembro, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% acima do de um ano antes.

Por instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal liderou os desembolsos, com 43,5% do total, seguida por Bradesco (19,5%), Itaú Unibanco (18,6%), Santander Brasil (13%) e Banco do Brasil (3%).

Com o juro básico na mínima histórica de 2% ao ano, como parte dos esforços do Banco Central para tentar reanimar a economia atingida pela pandemia, o financiamento imobiliário teve uma disparada surpreendente em 2020, puxando consigo o setor da construção civil e aliviando os efeitos da queda da atividade econômica.

Com isso, seis construtoras estrearam na B3 neste ano com ofertas iniciais de ações (IPOs) para buscar recursos e financiar planos de crescimento. Outras nove aguardam aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fazerem o mesmo.

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