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Renda fixa é mais rentável que variável há 17 anos, diz FGV

A conclusão analisa prazos de dez anos, começados em julho de 1994, e está em estudo do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas

O principal motivo para a forte vantagem da renda fixa sobre a variável é a alta taxa de juro (Marcelo Calenda/EXAME.com)

O principal motivo para a forte vantagem da renda fixa sobre a variável é a alta taxa de juro (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 11h25.

São Paulo - Nos últimos 17 anos, a renda fixa foi mais rentável que a variável em 58,8% de cerca de duas mil comparações. A conclusão, que está em estudo do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisa prazos de dez anos, começados em julho de 1994, sempre com um dia de diferença entre uma comparação e outra.

O material de Dana leva em consideração os resultados do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), principal termômetro da bolsa brasileira, e os títulos do Tesouro Direto. "Atenção: eu não estou dizendo que o futuro vai ser assim, mas, até agora, o Brasil de fato é o país da renda fixa", comenta o professor da FGV.

O principal motivo para a forte vantagem da renda fixa sobre a variável é a alta taxa de juro - que é a base da remuneração da renda fixa - praticada no Brasil. Ao mesmo tempo, as perdas da Bolsa registradas no estudo mostram a tremenda instabilidade da modalidade de investimentos no Brasil, segundo avaliação de Samy Dana. "A Bolsa brasileira, historicamente, oscila cerca de 2% ao dia. Isso é muito mais que risco, é instabilidade", acrescenta.

Ele lembra também que muitos financistas indicam que a "Bolsa é, de longe, a melhor opção de investimento para o longo prazo" e embasam o argumento justamente sob a apresentação de gráficos que mensuram a rentabilidade passada - e de períodos curtos. "Os investidores precisam ter cuidado", alerta o professor.

Outra coisa comum no mercado, afirma Dana, é a publicação de livros que ensinam as pessoas a enriquecerem com investimentos na Bolsa. "E, daí, os exemplos usados nas publicações são em cima de dados ou histórias ocorridas na bolsa americana, que não tem nada a ver com a nossa", critica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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