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FGTS vai render 7% para o trabalhador este ano; divisão do lucro será anunciado nos próximos dias

Reserva para cobrir prejuízos com operação de crédito até para negativados afetou resultado do Fundo, que foi 16% menor. Conselho Curador vai decidir volume que será distribuído para cotistas

FGTS: O resultado ficou 3,45% abaixo do ganho registrado no ano anterior, que foi de R$ 13,3 bilhões. (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

FGTS: O resultado ficou 3,45% abaixo do ganho registrado no ano anterior, que foi de R$ 13,3 bilhões. (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 13 de julho de 2023 às 10h44.

O FGTS registrou em 2022 lucro líquido de R$ 12,8 bilhões, queda de 16,4% frente ao valor esperado de R$ 15,37 bilhões – o que vai diminuir o valor a ser repartido entre os trabalhadores. O resultado ficou 3,45% abaixo do ganho registrado no ano anterior, que foi de R$ 13,3 bilhões.

De acordo com o balanço do FGTS, obtido pelo GLOBO, o que afetou o resultado foi o aumento da provisão para perdas com operações de crédito, que subiu de R$ 1,86 bilhão para R$ 4,59 bilhões, aumento de 147%.

Os números consolidados serão apresentados e discutidos pelo Conselho Curador do FGTS no próximo dia 25. Cabe aos conselheiros definir a divisão do lucro entre os trabalhadores cotistas, com saldo na conta até 31 de dezembro de 2022. O trabalhador pode ter um rendimento total de seu saldo de cerca de 7% relativo ao exercício de 2022.

Serão apresentadas ao colegiado duas possibilidades: dividir a integralidade do lucro de R$ 12,8 bilhões ou 99% do resultado (R$ 12,7 bilhões), conforme foi feito no ano passado.

Entre os fatores que contribuíram para a queda do lucro em relação ao estimado está o uso de parte dos recursos do FGTS para suprir o Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM), criado no governo anterior para cobrir a inadimplência das operações de crédito a pequenos tomadores, inclusive com nome negativado.

Com o alto índice de inadimplência, que chegou a 80% no Programa de Microfinanças, segundo a Caixa Econômica Federal, dos R$ 3 bilhões aportados pelo FGTS no FGM, R$ 1,8 bilhão foi reservado para cobrir calote. Cerca de 3,86 milhões de clientes tomaram créditos por essa linha.

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