Em nota, a Caixa explicou que os acessos fraudulentos não chegam a 1% (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 23 de outubro de 2020 às 07h42.
Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 07h51.
Para minimizar os efeitos da pandemia, o governo lançou um novo programa de saques emergenciais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas relatos de fraudes no resgate dos R$ 1.045, via aplicativo Caixa Tem, tornam-se cada vez mais frequentes.
Segundo fontes ligadas ao banco, a perda mensal gira em torno dos R$ 2 milhões, num total de cerca de R$ 6 bilhões que são pagos por mês. As fraudes aumentam num momento em que a Caixa planeja abrir o capital de seu braço digital, na esteira das quase cem milhões de contas criadas não só para o saque do Fundo, mas para o pagamento do auxílio emergencial.
A Caixa explicou, em nota, que os acessos fraudulentos não chegam a 1%. A cada dia, no entanto, mais trabalhadores são surpreendidos ao acessar o Caixa Tem e perceber que o dinheiro do FGTS já foi retirado por outra pessoa.
A técnica em enfermagem Cristiane Santana, de 38 anos, foi uma das vítimas. Ela já havia feito o cadastro no Caixa Tem e conferido o crédito na conta virtual, mas estava esperando a data permitida, de acordo com o mês do seu aniversário, para fazer o saque:
— Como eu não podia sacar o dinheiro, deixei lá. Quando chegou perto, já não conseguia mais acessar o aplicativo. Fui a uma agência e descobri que tinham trocado o meu e-mail e usado o dinheiro para pagar dois boletos, de aproximadamente R$ 500 cada um. Pedi a contestação ao banco em 20 de setembro e, até agora, não tive resposta.