Resgate do FGTS: diante do cenário de forte alta das ações das duas empresas, o investidor pode avaliar se quer manter o dinheiro nos fundos da Petrobras e Vale (Thinkstock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 11h05.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2017 às 22h35.
Quem tem recursos do FGTS aplicados em fundos de privatização da Petrobras ou da Vale não precisa resgatar o dinheiro do fundo. É possível liberar os recursos e deixá-los aplicados. É o que explica a Caixa Econômica Federal.
Nesses casos, dentro da data estabelecida pelo cronograma para o pagamento das contas inativas, o trabalhador solicitará o saque do FGTS na Caixa e o valor de Fundo Mútuo de Privatização (FMP) será automaticamente liberado para resgate diretamente na instituição administradora que ele escolheu, à época, para realizar a aplicação nas ações.
“Feito isso, o trabalhador deve se dirigir até a administradora do fundo, e solicitar a baixa da aplicação, se for de seu interesse, e efetuar o saque”, explica a Caixa. Se não quiser, o dinheiro pode continuar aplicado e disponível para resgate no momento que o investidor achar melhor.
Diante do cenário de forte alta das ações das duas empresas, o investidor pode avaliar se quer manter o dinheiro nesses fundos. Petrobras aparece como a ação mais recomendada pelos analistas em fevereiro.
Já a Vale subiu bastante após a eleição de Donald Trump, pela valorização do minério devido à aposta que o presidente americano vai ampliar o investimento em infraestrutura.
Se não for precisar do dinheiro, essas aplicações podem ser uma opção de diversificação, especialmente se o governo continuar levando adiante as reformas da Previdência e trabalhista.
Outro problema de quem procura sacar o FGTS são contas com irregularidades. Funcionários da Caixa explicaram que o sistema na internet não identifica contas como inativas se a empresa não der baixa do funcionário.
Nesses casos, a pessoa tem de ir até a agência para verificar, com a carteira de trabalho para provar que saiu da empresa. O problema é quem já perdeu a carteira de trabalho.
Há também casos de empresas que não depositaram os recursos do FGTS de seus empregados.
Segundo a Caixa, nesses casos, os trabalhadores devem entrar com contato com seus empregadores para buscar que regularizem a situação.
Caso não consigam, eles podem buscar auxílio nos sindicatos ou nas Superintendências Regionais do Ministério do Trabalho (antigas DRT). A Caixa explica que a fiscalização sobre os recolhimentos de FGTS, conforme Lei 8.036/90, é de responsabilidade do Ministério do Trabalho.
Já quem já estava se preparando para sacar o dinheiro da conta inativa por outros motivos não terá de esperar o calendário estabelecido pela Caixa e pelo governo.
É o caso de quem está sem registro na carteira há três anos ou se aposentou agora no começo do ano. Segundo a Caixa, essas condições não foram alteradas pela Medida Provisória 736.
Este conteúdo foi originalmente publicado no blog Arena do Pavini.