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Existe um valor mínimo para investir na bolsa de valores?

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Geralmente o investidor paga o valor do papel mais uma taxa de corretagem e custódia em cada operação. (gpointstudio/Thinkstock)

Geralmente o investidor paga o valor do papel mais uma taxa de corretagem e custódia em cada operação. (gpointstudio/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 7 de junho de 2020 às 07h00.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 13h37.

“Com a queda da bolsa em função da crise, gostaria de começar a investir. Quanto tenho que ter em quantia mínima, e como posso encontrar um corretor de confiança para saber em quais ações investir, rentabilidade e riscos."

Resposta de Roberto Agi, CFP®:

Olá, não há um montante mínimo para investir em bolsa. Existem ações que custam centavos. Geralmente o investidor irá pagar o valor do papel mais uma taxa de corretagem e custódia em cada operação.

Para quem quer começar, é importante conhecer o seu perfil de risco e entender se a alocação em renda variável faz sentido dentro do seu planejamento financeiro.

Alertamos que a crise pela qual estamos passando nos faz dar ainda mais importância a reserva de emergência que deve estar aplicada em ativos conservadores e de liquidez imediata. Para os recursos com horizonte de longo prazo, principalmente aqueles que têm como objetivo substituir ou complementar sua renda futura, pode-se direcionar parte deles para ações.

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Para iniciantes na bolsa talvez o melhor caminho seja aplicar em fundos ou ETFs (fundos negociados em bolsa). Dessa forma, terá uma carteira diversificada pagando pouco mais de R$ 100 por cota, minimizando o risco de concentração em uma única ação ou setor.

Ao aplicar em ações, o investidor precisa ter em mente que se torna sócio dessas empresas e participa diretamente dos seus resultados o que reforça a importância de uma boa seleção. Na bolsa há empresas em diferentes estágios de maturidade, que têm uma relação também direta com o potencial de crescimento e distribuição de dividendos.

Nada ilustraria melhor os riscos no mercado de ações do que a queda que vimos recentemente com o avanço da pandemia do novo coronavírus no país. Poucos esperavam algo nessa magnitude, e outras oscilações grandes, para cima e para baixo, continuarão a ocorrer nos próximos anos.

Isso acontece porque a cada instante os investidores calculam se o preço de mercado é coerente com a expectativa de lucros futuros que a companhia deve entregar e, para isso, se baseiam em diferentes premissas. Por exemplo, uma delas é em qual momento o distanciamento social irá acabar.

Quanto mais convicção o investidor tiver sobre as empresas escolhidas, menores serão os riscos de se frustrar no futuro. Ainda que seja grande a tentação de obter ganhos expressivos no curto prazo, o aconselhável, na renda variável, é mirar o longo prazo, ainda mais se você é um iniciante.

Para escolher alguém que possa lhe auxiliar na negociação de ações, basta abrir conta em uma corretora. Porém é importante tomar alguns cuidados, como certificar-se do cadastro da instituição financeira na CVM, histórico de reclamações e custos, assim como explorar as facilidades oferecidas como canais de atendimento, plataformas, etc. A melhor corretora será aquela que atenderá os atributos mais valorizados por você.

Roberto Agi é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. E-mail: roberto.agi@altavistainvest.com.br

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do site EXAME ou da Planejar. O site e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

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