EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Após os tremendos prejuízos resultantes do setor hipotecário nos Estados Unidos, mais um CEO de banco de investimento americano deverá deixar o cargo. Nesta terça-feira, o jornal nova-iorquino The Wall Street Journal, anunciou que o executivo-chefe do quinto maior banco de investimento americano, o Bear Stearns, James Cayne, deverá renunciar sua função. O fato se deve, principalmente, às pressões dos acionistas e às reduções de investimentos ligados a créditos de risco.
A saída de Cayne, 73, foi inevitável depois, que ao final do ano passado, o banco registrou seu primeiro prejuízo trimestral (maior de toda a sua história) de 854 milhões de dólares, ante um lucro de 563 milhões de dólares em 2006. Dessa forma, o Bear Stearns teve de dar baixa em 1,9 bilhão de dólares em ativos ligados ao setor imobiliário e suas ações chegaram a cair 53% na Bolsa de Nova Iorque.
Cayne, no entanto, não é o primeiro a encabeçar a lista de executivos demitidos. Sua carreira de 15 anos como CEO da Bear Stearns teve desfecho semelhante a de Charles Prince e Stan O'Neal, ex-CEO do Citigroup e Merrill Lynch, respectivamente, que se viram forçados a abandonar seus cargos. Cayne deverá continuar com a função de presidente - cargo que já ocupava- e seu sucessor será o banqueiro Alan Schwartz, 57.
Ao comunicado, as ações do Bear Stearns tiveram queda de 3,32%. Às 12h15, horário de Brasília, as ações da instituição estavam cotadas a 76,25 dólares na Bolsa de Nova Iorque.