Os melhores: Robôs de investimento lideraram o ranking de melhores aplicações financeiras do site Yubb (Trophy/Thinkstock)
Júlia Lewgoy
Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 05h00.
Última atualização em 9 de maio de 2019 às 14h31.
São Paulo - No ano em que a Selic, taxa básica de juros da economia, caiu para o menor patamar da história – 7% ao ano –, quem procurou novas alternativas de investimento se deu bem. Os robôs de investimento Magnetis, Warren, Vérios e Monetus foram as melhores aplicações financeiras de 2017, segundo um levantamento do buscador Yubb.
Os chamados “robo-advisors” ofereceram rentabilidade média de 134,33% do CDI em 2017. Eles têm ganhado espaço entre os investidores brasileiros que buscam ampliar o retorno de suas aplicações sem ter que decidir, por conta própria, qual é a melhor opção de investimento.
Em segundo lugar no ranking, ficaram os Recibos de Depósitos Bancários (RDBs), com rentabilidade média de 121,89% do CDI em 2017. Eles são quase CDBs, mas são emitidos por financeiras e podem oferecer rentabilidade maior a quem não tem pressa para resgatar o dinheiro.
Nos lugares seguintes do ranking, ficaram letras de câmbio, CBDs e LCIs e LCAs. É importante mencionar que o ranking considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar Imposto de Renda. Isentas de IR, as LCIs e LCAs ultrapassam os CDBs ao considerar o imposto.
A seguir, confira a rentabilidade média oferecida em 2017 pelos cinco melhores investimentos do ano.
Investimento | Rentabilidade média em 2017 |
---|---|
1. Robôs de investimento | 134,33% do CDI |
2. RDBs | 121,89% do CDI |
3. Letras de câmbio | 116,43% do CDI |
4. CDBs | 109,87% do CDI |
5. LCIs e LCAs | 98,19% do CDI |
O levantamento do Yubb analisou títulos públicos do Tesouro Direto, títulos de renda fixa privados, fundos de renda fixa e renda variável e robôs de investimento. Ações não entraram na pesquisa. O estudo investigou o desempenho médio de 1.300 investimentos de 120 instituições financeiras, entre bancos, financeiras, corretoras, distribuidoras e gestoras.
A pesquisa incluiu investimentos com valor mínimo entre 1 real e 10 mil reais, com prazos de vencimento entre 12 meses e 36 meses. O levantamento considerou a média do ano em vez do desempenho acumulado para reduzir discrepâncias de rentabilidade oferecidas pelas instituições financeiras, que praticam taxas diferentes dentro de um mesmo tipo de produto.
Os robôs de investimentos conseguem oferecer rentabilidade média alta porque são as próprias plataformas online que definem o portfólio ideal para os clientes, por meio de uma análise inteligente de informações.
“Os algoritmos dos robôs fazem um trabalho muito bem feito de análise de mercado e o custo dessas plataformas é mais baixo que o de um fundo tradicional”, explica Bernardo Pascowitch, idealizador Yubb.
E os RDBs? Pouco conhecidos, eles são oferecidos por financeiras, que pagam taxas maiores que os bancos para ter maior poder competitivo e atrair investidores.
“Os CDBs são os queridinhos do Brasil, mas vale a pena olhar para os RDBs. Eles têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito e muitas financeiras oferecem risco igual ou menor que alguns bancos”, sugere Pascowitch.
O que fica de lição da pesquisa para 2018 é que vale a pena diversificar investimentos e olhar para fintechs e instituições financeiras menores para encontrar retornos mais altos.