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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
Em 2006, o Itaú concedeu 2,4 bilhões de reais em crédito imobiliário e, segundo Setubal, esse valor poderia ser dez vezes maior se o mercado já estivesse consolidado. "Nossa carteira chegará a 20 bilhões de reais daqui cinco a dez anos, quando o setor estiver maduro", afirma.
De acordo com o executivo, 2007 será um ano de resultados recordes para o banco em financiamentos de imóveis. Sem fazer previsões, o presidente do Itaú diz que pretende ampliar a concessão de empréstimos para habitação, tendo como principal diferencial contratos com prestações fixas. "Isso dá mais segurança aos clientes e, por isso, deve ser um grande atrativo", afirma.
Estratégias
Apesar das boas perspectivas para o crédito imobiliário, o produto não é o foco da instituição. "Este ano, vamos nos concentrar nos empréstimos às micro, pequenas e médias empresas, às pessoas físicas e nos financiamentos de veículos", afirma o diretor de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho.
Estes segmentos foram os que mais cresceram em 2006: 64,7% no financiamento de veículos; 59,9% no crédito a micro, pequenas e médias empresas; 28,7% no crédito pessoal e 27,3% no cartão de crédito.
"Nossa maior oportunidade de crescimento é no segmento de micro, pequenas e médias empresas. É onde estamos mais defasados e onde o Bank Boston tinha uma boa participação - o que vai nos ajudar bastante", diz Roberto Setubal.
No que diz respeito ao disputado segmento de crédito consignado, o presidente do Itaú é sucinto: "queremos ampliar nossa participação no mercado e estamos atentos a qualquer negócio que possa surgir". Até novembro, a instituição tem preferência de compra do BMG, o primeiro banco privado a operar crédito consignado no Brasil e, em decorrência, um dos maiores a atuar neste setor. No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o BMG teve seu nome envolvido no escândalo do mensalão - o pagamento a parlamentares, em troca de apoio ao governo.