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Em 10 anos, Pix representará 22% de todas as operações no país

Consultoria Oliver Wyman estima que já no próximo ano o Pix representa 8% de total dos meios de pagamentos

PIX; só no primeiro dia de operação foram realizada cerca de 1 milhão de operações (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

PIX; só no primeiro dia de operação foram realizada cerca de 1 milhão de operações (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 15h19.

As operações do Pix, novo sistema de pagamento do Banco Central, foram liberadas no início desta semana. No primeiro dia de operação mais de 1 milhão de transações foram realizadas, o que indica a efetividade e o interesse dos brasileiros. 

A expectativa é que no próximo ano o PIX deve representar 8% do total de pagamentos eletrônicos (cartão de débito, cartão de crédito, cheque, boleto, DOC, TED, TEF, TEC, arrecadações, crédito direto e débito direto) esperados no país. A projeção foi feita pela consultoria Oliver Wyman. Até 2030, o novo sistema do BC alcançará 22%. 

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A consultoria também estima que o mercado de pagamentos eletrônicos irá dobrar de tamanho nos próximos 10 anos, passando de 44 bilhões de reais em transações para 80 bilhões de reais em transações em 2030. 

Em entrevista a Exame, Ana Carla Abrão, economista e sócia da Oliver Wyman, explicou a projeção foi feita considerando apenas as funções atuais do PIX e conforme o sistema de pagamento for ganhando novas funcionalidades o percentual deve aumentar. “O PIX deve ganhar novas funções futuramente e isso fará aumentar o fluxo de pagamentos.” 

A economista destaca que o cenário brasileiro ajudou na disseminação do PIX já que a maioria da população já é bancarizada ou tem acesso a algum serviço bancário. “80% da população adulta e que trabalha tem acesso ao serviço bancário.”

Somado a isso, ela destaca ainda dois impulsionadores do Pix no país. O primeiro é um mercado fértil de fintechs que ajudou a fomentar os pagamentos digitais. Já o segundo foi a pandemia de coronavírus, que forçou o brasileiro a experimentar outras formas de pagamento. “Já tínhamos os apps na mão e agora temos interoperabilidade dos sistemas gerando conveniência para todos.”

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