São Paulo - A corrida presidencial pautou as estratégias de analistas para as ações para setembro, diante da expectativa de que a volatilidade siga bastante elevada, após a reviravolta no cenário para o resultado das eleições de outubro.

"A análise dos fluxos de fundos e posicionamento sugere que os investidores ainda não estão preparados para o potencial de valorização das eleições, apesar do rali do mercado das últimas semanas", escreveu o BofA Merrill Lynch a clientes.

Pesquisas sinalizando vitória da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, sobre Dilma Rousseff (PT), foram citadas pelo BTG Pactual para adicionar as ações ordinárias da Petrobras ao seu portfólio "10SIM" do mês.

"A ação tem tido um andamento fantástico este ano, mas nós vemos espaço para mais", diz relatório do BTG do time liderado pelo estrategista Carlos Sequeira, para quem a empresa é o melhor meio de operar novos cenários eleitorais.

"De fato, nosso time de óleo e gás acredita que a ação pode chegar até 30 reais. Dependendo das probabilidades atribuídas a diferentes cenários, o viés de alta pode ainda ser relevante", diz o texto enviado a clientes.

O BofA elevou a exposição aos papéis da Petrobras ON na carteira e que ainda acrescentou Cosan, outro papel que vem reagindo à dinâmica eleitoral.

A Guide Investimentos também citou q drástica mudança no cenário eleitoral para fazer uma mudança estrutural na sua carteira, posicionando-se em ativos que possam se beneficiar da maior probabilidade de vitória da oposição.