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É difícil conseguir juro menor em banco, diz Proteste

Associação de Defesa do Consumidor fez testes em agências para avaliar se os bancos oferecem as novas taxas

Antes de oferecer as taxas, as agências avaliam a renda e o histórico do cliente  (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Antes de oferecer as taxas, as agências avaliam a renda e o histórico do cliente (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 14h41.

São Paulo - Pesquisadores da Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor visitaram no início desta semana agências de cinco bancos que anunciaram a redução das taxas de juros em algumas linhas de crédito e encontraram dificuldades em receber ofertas com as novas taxas. Foram avaliados os bancos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, HSBC, Itaú e Bradesco. A consulta foi realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para fazer os testes, a entidade simulou o financiamento de um Gol 1.0 em 24 vezes, e aproveitou para pedir informações sobre outras linhas de crédito. Segundo o resultado da pesquisa, as reduções só chegam a ser oferecidas em situações muito específicas. Em muitos casos, a transferência da conta salário para o banco foi exigida na hora da negociação, e a maior parte das agências levou em conta a renda e o histórico do cliente na hora de definir a taxa de juros a ser oferecida.

Banco do Brasil

Sobre o Banco do Brasil, a associação afirmou que a variação das taxas eram oferecidas apenas se a pessoa se dispusesse a levar o salário para o banco. Em resposta, o banco disse que as taxas de juros para empréstimo pessoal - que foram reduzidas de 3,39% a 6,79% ao mês para o intervalo de 1,99% a 5,80% ao mês - são válidas para todos os clientes do Banco do Brasil.

HSBC

No caso do HSBC, os pesquisadores alegam que quem não é cliente encontra dificuldades para obter simulação de financiamento. O banco respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que ele atribui suas taxas em função do relacionamento que o cliente possui com o banco.

Itaú

Em relação ao Itaú, a reclamação foi sobre a oferta de taxas mínimas a partir de 3,85% no rotativo do cartão de crédito, que, segundo os pesquisadores, não foi alterada para quem já é correntista e foi oferecida apenas para novos clientes. O Itaú rebateu a crítica dizendo que, de fato, a alteração ainda não está sendo praticada porque a medida vale somente a partir do dia 2 de maio, conforme divulgado no dia do anúncio das mudanças. O banco acrescentou que terão acesso às novas taxas mínimas do rotativo do cartão de crédito clientes Itaú que recebem seu salário em conta corrente no banco e que aderirem ao pacote MaxiConta Portabilidade Salário.


Bradesco

A Proteste reclama que no Bradesco as novas taxas dependem da linha do cartão do cliente. Segundo a associação, um cliente com renda mensal a partir de 3.100 reais teria acesso a um cartão em que a taxa do rotativo permanece a mesma, 15% ao mês, ou quase 440% ao ano. A assessoria de imprensa do Bradesco informou que não alterou as taxas do rotativo dos cartões de crédito, pois está avaliando a movimentação do mercado.

Caixa

A pesquisa também apontou que na Caixa há uma série de exigências como prazo de financiamento, tempo de conta na instituição e número de parcelas para que as taxas mínimas sejam oferecidas. Segundo os pesquisadores, os juros praticados chegaram a ser piores do que os anteriores, enquanto a taxa antiga variava entre 1,66% e 2,60% - como constatado em uma pesquisa anterior realizada pela Proteste em fevereiro -, hoje o mesmo financiamento é feito com uma taxa de 1,70%.

O banco replicou dizendo que as taxas de juros praticadas para o financiamento de veículos levam em consideração a análise de relacionamento do cliente com a Caixa, o prazo pretendido e a quota de financiamento. E respondeu ainda que as taxas de juros para a carteira de financiamento de veículos não sofreram qualquer elevação nos últimos meses, tendo sido reduzidas conforme anunciado anteriormente.

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