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Dia das Crianças: o que ensinar sobre dinheiro em cada fase da vida

A partir dos 2 anos de idade já é possível estimular conceitos de matemática básica

Menino e porquinho: a partir dos 6 anos é possível ensinar sobre preços, gastos e como evitar desperdícios (tatyana_tomsickova/Thinkstock)

Menino e porquinho: a partir dos 6 anos é possível ensinar sobre preços, gastos e como evitar desperdícios (tatyana_tomsickova/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 12 de outubro de 2022 às 06h00.

Neste 12 de outubro, além de presentear os filhos com roupas, brinquedos e eletrônicos, também é legal começar a falar sobre algo importante para o futuro da criança: educação financeira.

“É muito importante que a criança saiba qual é a situação financeira da família, que tenha noção de como é organizado o orçamento e as principais despesas. Esse assunto tem que estar presente no dia a dia”, diz Bruna Allemann, educadora financeira da fintech Acordo Certo.

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Segundo Allemann, crianças sem educação financeira tendem a se tornar adultos que não compreendem o valor do dinheiro e caem em armadilhas financeiras. O endividamento é um problema crônico no país: atingiu milhões de brasileiros no primeiro semestre do ano.

Por fim, a educadora reforça que os pais precisam dar o exemplo sobre o tema. “Desde a infância somos influenciados pelos hábitos de consumo dos nossos pais. Não adianta falar para o filho controlar os gastos, se o pai ou a mãe se comportar como um comprador impulsivo.”

Veja abaixo as dicas da educadora financeira sobre o que ensinar sobre dinheiro à criança por idade. Confira:

2 a 5 anos: Estimule a matemática básica
Essa é uma boa fase para introduzir a matemática básica na rotina da criança através do dinheiro. Comece explicando sobre moedas, o valor de cada uma e como funciona a soma delas. Também é uma boa fase para começar o “cofrinho”.

6 a 8 anos: Converse sobre preços e gastos
Ensine sobre preços, gastos e como evitar desperdícios. Entendendo isso, ela saberá dar mais valor ao dinheiro e as coisas. É o momento ideal para ensiná-los a usar o dinheiro brincando de mercadinho ou loja, por exemplo.

9 a 12 anos: Ensine a administrar o dinheiro
Com a noção do caro e do barato, as crianças podem começar a fazer as próprias escolhas. Dê uma pequena quantia para ela organizar durante a ida ao supermercado ou a uma loja de brinquedo. Incentive também a guardar parte de sua mesada todo mês.

13 a 15 anos: Ensine a diferença entre desejar e precisar
Ensine a gastar pensando no futuro, sabendo a diferença entre querer e precisar de algo. Assim ela saberá dar prioridade para os seus gastos.

A importância da mesada

O hábito de dar mesada ensina a criança a definir prioridades e a poupar quando quiser adquirir itens de custo maior.

Thaíne Clemente, executiva de estratégias e operações da fintech Simplic, dá dicas de como fazer com que o hábito contribua para a educação financeira da criança.

Entendendo os gastos

A partir do momento em que os pais dão dinheiro ao filho, é importante orientá-lo a planejar com o que gastará. Seja com figurinhas, doces ou brinquedos, é importante pedir que anote como pretende gastar a mesada e em quais dias da semana, para ter uma noção de quanto ainda terá quando receber o próximo “pagamento”. Essa atitude ensina a planejar e a enxergar os gastos.

Responsabilidade

É importante que as crianças entendam a responsabilidade que se tem ao lidar com dinheiro. “É comum que as crianças, tendo o poder de adquirir algo, não pensem duas vezes em gastar todo o dinheiro de uma só vez. Mas recebendo mesada periodicamente, se ela cometer o impulso de gastar tudo que recebeu, não poderá comprar mais nada até a próxima mesada. Isso ensina a não agir sem pensar e a ter responsabilidade sobre as escolhas”, ressalta Thaíne.

Paciência

O hábito da mesada também estimula a paciência. “Com o próprio dinheiro na mão para gastar como preferirem, muitas vezes as crianças vão desejar algo que não podem ter com apenas um repasse da mesada. Assim, aprendem a ser pacientes ao poupar para atingir o valor necessário ou até mesmo a repensar se realmente querem aquilo”, finaliza a executiva.

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